domingo, 28 de março de 2021

A imagem do dia


No meio de todas as brigas na pista, dos duelos entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, havia também a curiosidade de saber como se comportariam os estreantes nesta prova de Shakir. Nikita Mazepin acabou na primeira curva, vitima provável da inexperiência com os pneus frios, Mick Schumacher não foi o último porque Nicholas Lattifi e Pierre Gasly desistiram, mas ficaram classificados, e Yuki Tsunoda fez provavelmente o que tinha a fazer nesta sua estreia na Formula 1.

O baixinho - tem 1.59 metros! - e muito jovem piloto - nasceu a 11 de maio do ano 2000 - era um piloto do qual muito se falou na pré-temporada. Aparentemente, é um piloto que aprende velozmente e tem talento, ao ponto de Franz Tost e Helmut Marko terem feito enormes elogios à sua capacidade de condução e do qual esperavam uma adaptação veloz, suficiente para mostrar o potencial que todos falam por aí.

E pelos vistos, não desiludiu. Apesar de um frustrante 13º posto na grelha, em contraste com o quinto lugar de Gasly, seu companheiro de equipa, o jovem nipónico fugiu a todas as armadilhas da partida e tentou fazer uma corrida certa, atenta e sem erros. Andando no meio do pelotão, encarou todos os pilotos, bem mais velhos e mais experientes, sem medo, e também acertando a estratégia, subia calmamente na tabela, acabando por passar gente como Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel e na parte final, Lance Stroll, acabando num digno nono posto, ainda por cima, bem melhor que o seu companheiro de equipa, Pierre Gasly, que um nariz partido estragou-lhe o resto da prova.

O que isto poderá dizer? Pelo menos na parte mínima, ele cumpriu. Dominou os nervos e andou bem, consistente. Conseguiu pontos, tornando-se no 76º piloto a alcançar esse feito, e vai se calhar a caminho de fazer a melhor temporada de estreia de sempre de um piloto japonês, melhor que Satoru Nakajima em 1987, pela Lotus. Claro, ainda é muito cedo para se ver se tal coisa acontece, mas pela amostra, parece que irá valer a pena seguir este pequeno japonês. 

Sem comentários: