segunda-feira, 14 de junho de 2021

As incertezas do calendário de 2021


No fim de semana em que a Formula 1 está de regresso, correndo em paragens francesas, o calendário continua indefinido. Com o cancelamento do GP de Singapura, previsto para meados de setembro, ainda não existe um substituto, e mais corridas continuam em cirda bamba devido aos avanços da pandemia em alguns desses países, como o Brasil e o México. Mas claro, há mais lugares em perigo, como o Japão e a Austrália, que já foi adiada de março para novembro. 

Se no caso japonês, tudo depende de como acontecerão as coisas em julho, com os Jogos Olímpicos, nos casos brasileiro e mexicano, as coisas andam complicadas por conta da curva de infectados anda a ter nesses países. Ainda por cima, as instalações do autódromo Hermanos Rodriguez estão a ser usados como centro de triagem e de vacinação pelas autoridades locais. Segundo conta a publicação alemã Auto Motor und Sport, se São Paulo poderá não ter substituto, o cado mexicano poderá ter como substituto outra prova americana, e essa corrida poderia ser... Indianápolis.

"O planeamento está mais difícil do que no ano passado. As regulamentações de viagens [e a] quarentena estão mudando constantemente", afirmou Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1.

Outras alternativas estão a ser consideradas para o caso australiano, a meio de novembro. Mas isso é um "tandem" com as provas de Mexico e Brasil, pois a Austrália está a colocar fortes restrições aos que vêm de fora, e mesmo que a Formula 1 garanta bolhas, testes rápidos de forma constante, o facto de terem recusado uma oferta de vacinas por parte do Bahrein no inicio do ano, fez com que haja desincentivos para o recebimento da comitiva em Melbourne. E se essas três provas forem canceladas, haverá um buraco de quatro semanas que tem de ser preenchido, antes dela rumar de novo ao Médio Oriente, para as corridas na Arábia Saudita e em Abu Dhabi, na primeira quinzena de dezembro.

As alternativas em cima da mesa são muitas, que passam pelo regresso da Turquia e da Malásia ao calendário, nova visita ao Bahrein, numa nova versão do circuito de Shakir, ou até uma visita ao circuito de Losail, no Qatar, naquilo que seria uma estreia absoluta desse circuito na Formula 1. Mas neste momento, com tudo incerto nos próximos meses, e a Formula 1 ainda agarrado à ideia de um calendário de 23 corridas, resolver este problema será bem mais complicado que se julga. 

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