domingo, 22 de agosto de 2021

A imagem do dia


Seria "mais do mesmo" se não fosse um pormenor. Desta vez, são todos estreantes no lugar mais alto do pódio. Contudo, eles não correm todos juntos pela primeira vez. Juntos, já tem, por exemplo, quatro pole-positions na corrida mais longa do campeonato. 

De Kamui Kobayashi, estamos conversados. Piloto de Formula 1 pela Toyota, Sauber e Caterham, com um pódio no GP do Japão de 2012, andou na SuperFormula e agora, na Endurance, pela equipa que o levou à categoria máxima do automobilismo, andou nas 24 Horas de Le Mans, mas a ver o seu compatriota Kazuki Nakajima a ir ao primeiro lugar, em vez dele. Agora, com 35 anos, por fim inscreveu o seu nome na lida dos vencedores.

Jose Maria "Pechito" Lopez, conseguiu algo que apenas Froilan Gonzalez tinha alcançado em 1954: um argentino no primeiro lugar. Juan Manuel Fangio poderia ter conseguido no ano a seguir, se não tivesse acontecido aquele acidente do qual viu tudo em primeira mão - aconteceu tudo quase à sua frente e não ficou longe de se transformar em vitima. Bastaria ter aparecido momentos mais cedo...

Mas "Pechito" Lopez, que foi dos poucos que saíram da sua terra natal e, primeiro, tentou entrar na Formula 1, e depois, andou no WTCR e na Formula E, com sucesso variado, agora, pela Endurance, e numa equipa oficial, marcou o seu nome na lista dos vencedores. 

E para finalizar, o britânico Mike Conway. Piloto que andou na Formula E, na IndyCar, com vitórias, depois foi para a Endurance, onde cedo ficou às ordens da Toyota, e tirando a edição de 2017, onde não chegou ao final, por causa de um problema de embraiagem. Campeão da temporada 2019-20, com a tripla atual, aos 38 anos de idade, já tem a experiência do qual está numa das melhores equipas do mundo, numa competição que está prestes a entrar numa era de renascimento.

E quando à corrida, não cario que existissem muitas expectativas. Fala-se muito de 2023, há carros que começam a ser mostrados, sente-se a atmosfera de transição. A grande expectativa neste ano tem a ver com a Glickenhaus, que apesar do toque na primeira curva, por incrível que pareça, aguentou até ao fim, embora tenha ficado atrás de todos, Toyota e Alpine. 

Mas sobretudo, este é um tempo onde o público voltou às bancadas para assistir à corrida, e conviver aquele mundo, naquele fim de semana onde tudo à uma festa, e a corrida é apenas um pormenor. E no ano que vêm acontecerá no fim de semana mais longo do ano, como costuma ser. E viva Le Mans! 

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