Pelo que se vê dos treinos de ontem, pode dar quer de um lado, quer do outro: no primeiro teste, não ficou longe, no segundo, ficou no fundo da tabela, embora possa ser a procura de afinações para o ritmo de corrida, e outros fatores externos quer do carro, quer do piloto.
Seja como for, os locais estão mais excitados que o costume.
Num sábado com tempo encoberto mas seco, e com o autódromo cheio, com as cerejeiras em flor, símbolo da primavera, a qualificação começou nos primeiros minutos com os tempos a começaram a ser colocados no segundo 29. Oliver Bearman foi o a passar pela liderança na tabela de tempos, destronado depois pelo Sauber de Gabriel Bortoleto. Mas as verdadeiras referências surgiram pouco depois com Charles Leclerc a entrar no segundo 28 e Lando Norris a tirar 0,3 segundos ao tempo do monegasco. Max Verstappen saltou depois para a segunda posição, enquanto o novo colega, Yuki Tsunoda, tinha ficado a seguir com o quarto tempo. Depois, Oscar Piastri roubou o lugar ao colega de equipa e George Russell tratou de andar atrás, com o segundo melhor tempo provisório.
A cinco minutos do fim, Liam Lawson, Fernando Alonso, Kimi Antonelli, Isack Hadjar e Lance Stroll estavam de fora.
Na parte final, enquanto Isack Hadjar se queixar do carro - mas passou - Piastri conseguiu o melhor tempo, 1.27,687, seguido por Russell e Norris. Os Ferrari também passaram para a Q3, a seguir pelo piloto da McLaren. Mas quem ficaram com a fava foram os Sauber de Nico Hulkenberg e Gabriel Bortoleto, o Aston Martin de Lance Stroll, o Haas de Esteban Ocon e o Alpine de Jack Doohan, que tinha o carro afetado pelo acidente do dia anterior.
E claro, os que assistiam a tudo isto pensavam em Franco Colapinto... com saudade, provavelmente.
Agora, na Q2, as coisas começaram com Max Verstappen a todo o gás, que entrou logo no segundo 27. Lewis Hamilton e Charles Leclerc não conseguiram bater o tempo de Verstappen, mas Lando Norris sim, tirando 0,3 segundos ao piloto da Red Bull. Alguns pilotos, como Lewis Hamilton, Yuki Tsunoda e Oliwer Bearman andavam na pistas com moles, para tentar tirar o melhor do carro, e tinham fito isso quando... o relvado voltou a arder, causando bandeiras vermelhas. Foi assim por uns minutos, até regressar à ação.
Quando aconteceu, os Ferrari a tentarem melhorar os seus registos, mas sem se destacarem, com Leclerc a ficar em quarto e Hamilton em quinto. O segundo esforço de Yuki Tsunoda não foi bem-sucedido e o japonês não conseguiu sair da zona de eliminação. Pierre Gasly também não conseguia sair da do fundo da tabela, tal como Carlos Sainz Jr. No final, foi essa a ordem: Gasly, Sainz, Fernando Alonso, no seu Aston Martin, o Racing Bulls de Liam Lawson e o Red Bull de Yuki Tsunoda. Consolação: o japonês estava na frente do neozelandês.
As voltas mais esperadas do dia começavam a ser servidas, e Russell não conseguiu ser tão rápido quanto gostaria e não conseguiu melhorar o seu primeiro registo. Hadjar conseguiu melhorar o seu tempo no Racing Bulls e pouco depois, Lando Norris entrava no segundo 26, assumindo a pole provisória.
Contudo, como um bom argumento de filme, tudo se decidiu na volta final, no segundo final. Max tirou o melhor dele mesmo e conseguiu uma pole arrancada a ferros. Foram 0,083 centésimos sobre Lado Norris, e de uma certa forma, quase ninguém esperava uma volta daquelas. E conseguiu! Mais tarde, na comparação, via-se que tinha velocidade de ponta, mas que os McLaren eram mais rápidos em curva. E o neerlandês conseguiu tirar leite de pedra depois da chicane, andando mais rapidamente que os McLaren e conseguindo a primeira pole do ano.
Piastri acabou por ser o terceiro, na frente de Leclerc e dos Mercedes, e o sétimo posto de Hadjar, no seu Racing Bulls, na frente de Lewis Hamilton, e a fechar o "top ten", o Williams de Albon e o Haas de Bearman.
Mas para isso, teremos de esperar mais 24 horas, e uma madrugada mal dormida. Mas provavelmente, valerá a pena.
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