quinta-feira, 4 de maio de 2017

The End: Timo Makinen (1938-2017)

O finlandês Timo Makinen, lenda dos primeiros tempos dos ralis e um dos primeiros "finlandeses voadores" ao lado de Rauno Aaltonen e Pauli Toivonen, morreu hoje aos 79 anos, anunciou a imprensa finlandesa. Piloto de ralis ao longo dos anos 60 e 70, venceu por três vezes o Rali dos Mil Lagos e o Rali RAC, em carros como o Mini Cooper, o Saab 96 e o Alpine A110, entre outros.

Nascido a 18 de março de 1938 em Helsinquia, começou a correr em 1959 no Rali dos Mil Lagos (atual Rali da Finlândia), a bordo de um Triumph TR3. Nos anos seguintes, correu a bordo do Austin-Healey e em Minis, acabando por ser segundo classificado no Rali RAC de 1963, num Austin-Healey. No ano seguinte, correu em Minis, e foi aí que conseguiu a sua primeira grande vitória, o Rali de Monte Carlo de 1965.

Dois anos depois, Makinen foi protagonista de um momento inesperado: durante o Rali dos Mil Lagos, o seu capô abriu durante a temida classificativa da Ouninpohja. Sem poder espreitar para fora do carro - o seu capacete era demasiado grande! - Makinen teve de confiar no seu instinto para poder acabar o rali em condições. Mesmo assim, conseguiu o terceiro melhor tempo nessa classificativa. E isso até deu uma aura de misticismo neste rali, que acabou por vencer pelo terceiro ano consecutivo (tinha também vencido em 1966).

Quando o Mundial de ralis foi criado, em 1973, Makinen era piloto oficial da Ford, vencendo pela quarta vez o Rali dos Mil Lagos e o Rali RAC. Iria ser a primeira de três vitórias consecutivas, repetindo em 1974, também num Ford Escort (fora segundo no Rali dos Mil Lagos) e 1975 (com um terceiro lugar no rali finlandês). A sua última grande vitória nos ralis foi em 1976, no Rali da Costa do Marfim, a bordo de um Peugeot 504, tendo como navegador um francês chamado Jean Todt.

A sua carreira foi até 1980 em vários carros, essencialmente Peugeots e Ford. Contudo, voltou em 1994 ao Rali de Monte Carlo, a bordo de um Rover Mini Cooper, para comemorar os 30 anos da estreia da marca nos ralis. Acabou por desistir na segunda especial devido a problemas de motor.

Em 2010, Makinen foi um dos primeiros induzidos ao Rally Hall of Fame, ao lado da Rauno Aaltonen, Paddy Hopkirk e o sueco Erik Carlsson. Ars longa, vita brevis.

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