sábado, 28 de setembro de 2019

Formula 1 2019 - Ronda 16, Rússia (Qualificação)

Muito se falava sobre o que poderia acontecer nesta última paragem da Formula 1 na Europa. Que os Mercedes poderiam ter uma melhor vantagem sobre a concorrência. Que poderia chover na pista e dar alguma vantagem aos Flechas de Prata, e era isso que o Lewis Hamilton estava a apostar. Mas no final, nem chuva, e pela sexta vez nesta temporada, quarta consecutiva, Charles Leclerc era o poleman, e o primeiro a quebrar o monopólio da Mercedes no circuito russo.

Ninguém deixou de respirar durante a semana entre Singapura e Sochi, mas ontem se falou muito sobre a possibilidade do regresso dos motores Mercedes à McLaren em 2021. Apesar de não ser totalmente oficial, de uma certa forma, tornou-se oficioso, e isso poderá servir para cimentar a recuperação da marca aos lugares de topo, apesar da sua relação ser e de um motor cliente.

A qualificação começou sem chuva, mas não sem agitação. Começou também com a ausência do piloto da casa, que por culpa da troca de motor, nem sequer tentou a sua sorte na pista, pois o último posto estava garantido. Mas mis tarde, outro lugar ficava garantido para um piloto Red Bull: tudo por culpa de Alex Albon, que bateu forte no muro antes de marcar uma volta e causou a amostragem das bandeiras vermelhas. 

Quando a qualificação retornou, os Ferrari foram para a pista usando os médios. E o monegasco foi o primeiro a marcar um tempo, com 1.33,613. E isso em contraste com o resto do pelotão, que corrida com moles. Mais tarde, Vettel colocou macios para ver se passava para a Q2, e lá conseguiu, fazendo 1.33,032. Mas apenas porque tinha de marcar um tempo para passar. 

Algo do qual Kimi Raikkonen não conseguiu, sendo superado por Antonio Giovinazzi, que foi para a Q2. E assim o finlandês fez companhia aos Williams de Robert Kubica e George Russell. E claro, Albon e Kvyat.

Quando foi a Q2, a Mercedes decidiu andar com médios, mais por causa da corrida. Em contraste, Max Verstappen - que também iria ser penalizado - foi para a frente com os macios e dar o seu melhor. Claro, o holandês fez 1.33,092, 42 centésimos melhor que Lewis Hamilton. Depois, Leclerc calça os macios e faz 1.32,434 e deixa Sebastian Vettel a mais de seis décimos, mostrando que estava disposto a sair dali na frente em tudo. E os Mercedes, com a sua escolha, eram apenas quarto e quinto na tabela de tempos.

No pelotão intermédio, era cada um por si: Os McLaren deram um ar da sua graça, enquanto o Toro Rosso de Pierre Gasly também queria seguir em frente. Mas na parte final, foram os Renault os melhores, que acompanharam os carros de Carlos Sainz Jr e Lando Norris, e o Haas de Romain Grosjean, que mostrava o potencial do Haas, pelo menos na qualificação.

E se havia vencedores, também havia vencidos: os Racing Point de Sergio Perez e Lance Stroll, o outro Haas de Kevin Magnussen, o Toro Rosso de Gasly e o Alfa Romeo de António Giovinazzi.

Para a Q3, os pilotos aproveitaram a luz verde para calçarem moles e marcar tempo. E aí começou a desenhar-se uma pole ferrarista: Charles Leclerc fez 1.31,801, com Vettel atrás, a 334 centésimos. Hamilton era terceiro, mas desculpava-se por causa de um erro na sua volta cronometrada, com Bottas na frente de Max.

E passados uns minutos, quando foi a parte final, Vettel tentou a sua sorte, sem sucesso. Leclerc aproveitou o fracasso dos outros para marcar a sua posição: 1.31,628, era o poleman. E Hamilton foi segundo, interferindo-se entre os carros vermelhos, com Bottas a ser quarto porque Max Verstappen tinha uma punição a cumprir. E por isso, Carlos Sainz Jr foi quinto, na frente dos Renault de fábrica.  

No final, Leclerc comemorava a sua pole, e quando o fez pela quarta vez seguida, começaam a lembrar que o último piloto que o fez tinha sido Michael Schumacher, no ano 2000, a temporada onde ele por fim quebrou o jejum de títulos de pilotos. A parte chata é que este ano, ambos os títulos estão entregues, logo, é mais para mostrar que é um vencedor para um futuro mais ou menos prolongado.

O carro esteve fantástico. É bom estar na pole, mas não sei se é a melhor posição. A reta depois do arranque é longa, ou seja, o arranque é crucial.”, disse depois.

Agora, veremos como será amanhã. Pode ser que tenha potência e jogo de cintura para aguentar as investidas dos outros. 

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