terça-feira, 3 de março de 2020

Motores e o Coronavirus - As novidades do dia 3

Neste "diário" moto-automobilistico da relação entre isto e a doença do momento, as ameaças, as dificuldades, os adiamentos e os cancelamentos continuam. Esta terça-feira, o governo do Bahrein decidiu colocar restrições a todos os estrangeiros que visitaram Itália, China, Iraque, Hong Kong, Irão, Tailândia, Singapura, Malásia e Coreia do Sul nos 14 dias anteriores à sua chegada. A 19 dias da eventual realização do seu Grande Prémio, todas estas restrições poderão fazer complicar as coisas a nível de logística. E claro, colocando em dúvida a realização do Grande Prémio na altura prevista.

No Vietname, o governo local também decidiu colocar novas restrições a todos os que venham da Itália, Coreia do Sul e Irão.  “Todos os viajantes que entram no Vietname da China, Coreia do Sul, Itália e Irão devem trazer declarações médicas e fazer uma quarentena médica de 14 dias antes de entrar no país”, afirmou o Conselho de Turismo do Vietname, numa declaração oficial.

Entretanto, a Ferrari decidiu hoje cancelar um teste previsto para esta quinta-feira com a Pirelli para testar os pneus com jantes de 18 polegadas, referente à temporada de 2021. 

Devido às políticas de restrição adotadas pela Ferrari e pela Pirelli após o surto mundial de Coronavírus, o teste programado com pneus para piso molhado de 2021 em Fiorano, no dia 5 de março, teve de ser adiado“, disse um comunicado da marca. “O teste será remarcado em Fiorano na primeira oportunidade.

A FIA, entretanto, mantêm a sua posição em relação à epidemia e suas possíveis implicações, afirmando estar a avaliar a situação. "A FIA avaliará o calendário de suas próximas corridas e, se necessário, tomará as medidas necessárias para ajudar a proteger a comunidade global do automobilismo e o público em geral", declarou no seu comunicado oficial.

Com todos os planos a serem revistos dia a dia, o calendário está totalmente incerto. Em caso de cancelamento de provas, a Formula 1 poderá receber consideravelmente menos e que compense parceiros comerciais e promotores. Segundo conta a Forbes, ligada à economia e Finanças, a Formula 1 tem clausulas nos seus contratos onde teria de diminuir o valor recebido das cadeias de televisão caso o campeonato tenha 15 ou menos provas. Contudo, as razões ditas "de força maior" poderão estar de fora desses reembolsos.

E volta-se a afirmar: as verdades de hoje podem estar amanhã totalmente modificadas.

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