quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Natal num ano anormal


Este foi um ano estranho, anormal. Daqueles que temos uma vez em cem anos, mas acontece. Um ano de pandemia que colocu tudo de pantanas e nos fez repensar a nossa vida, e de como acordar todos os dias saudável se tornou tão importante como ser rico. Essa foi outra riqueza tão importante quanto o de viajar, ter dinheiro no bolso, ter um emprego estável, fazer coisas por gosto e ganhar dinheiro com ele.

Chegamos ao Natal, e já é altura de fazer o balanço do ano. Curiosamente, foi uma altura em que aceitei um desafio diferente, do qual dará resultados a médio prazo, espero. E falo disto independentemente do que esta pandemia deu ou ainda poderá dar, antes de eu apanhar a vacina, se calhar daqui a três meses. Mas pessoalmente, como diz um amigo meu, andei a passar ao lado das balas. Ao que sempre respondo que andei sempre com o colete à prova de balas colocado, por outras palavras, com a máscara colocada e lavei constantemente as mãos. Ou seja, segui sempre as regras e não abusei da sorte. Tanto que há umas três semanas, houve um surto no meu local de trabalho e safei-me porque andava sempre de máscara colocada, sempre levei as precauções a sério e não simbólicamente, colocando máscara só para "freguês ver".

Em suma, quando se diz "o importante é ter saúde", temos de fazer a nossa parte para nos mantermos saudáveis. A nós, e aos outros.

Mas nestas coisas, também há outro ditado importante. A de que "quando se fecham portas, abrem-se janelas." E no automobilismo, abriram-se muitas janelas neste ano anormal. Nestas bandas, ver um piloto ser campeão da Formula E, outro a vencer uma classe no Mundial de Resistência, bem como as 24 Horas de Le Mans, entre outros, ver outro piloto a triunfar em duas corridas da MotoGP, uma delas em casa, e por fim, a Formula 1 de volta ao teu país, quase uma geração depois da última vez, e com público para abrilhantar, quase diria para que aconteçam muitos anos anormais para termos tudo isto. Porque foi por causa dessa porta fechada que tivemos um 2020 totalmente europeu, na Formula 1. Não houve Mónaco, Indianápolis e Le Mans foram noutas alturas, a Formula E decidiu-se em uma semana, em seis corridas no mesmo lugar, numa "bolha" construida para esse efeito, e os Jogos Olimpicos e o Europeu de futebol foram adiados para o ano que vêm.

E na maior parte das vezes, as corridas aconteciam sem público, com excepções. Portimão foi uma dessas raras excepções de um ano anormal.

Em suma, temos muitas coisas dos quais temos tudo para esquecer, mas tantas coisas dos quais temos de lembrar! 

Assim sendo, neste dia em especial - e soube há bocadinho que Frank Williams oltou a casa, depois de uns dias no hospital - desejo-vos um Feliz Natal, e que em 2021... voltemos ao normal. É só isso. 

Até mais!   

1 comentário:

Jose Tellaetxe Isusi [Orroe] disse...

Felices Fiestas, Paulo... Abrazo enorme ;)