Mas, comentários à parte, confesso não alinhar no entusiasmo de alguns em relação a aquilo que ele poderá fazer na Ferrari. Os exemplos anteriores de Fernando Alonso e Sebastian Vettel me deixam de pé atrás, e as máquinas de Maranello não são as mais-valias que foram nos tempos de Michael Schumacher. Poderão imaginar que em 2026, com os novos regulamentos, eles tentarão conseguir algo que possam ter algo que supere a concorrência - e pode acontecer, dado que o mundo dos elementos técnicos é cheio de segredos. Mas sinceramente, num mundo onde o livro de regulamentos é mais grosso que o Antigo Testamento e o Novo Testamento, juntos... não creio.
Pode-se pensar que o piloto poderá ser uma mais-valia, e acho que 2025 será o tempo para isso. Contudo, Lewis fez agora 40 anos, e mesmo que possa dar ares da sua graça - e tentará, tenho a certeza - e apesar de muitos afirmarem que um piloto com 40 não é diferente de um com 25, por exemplo, Hamilton tem quase 20 temporadas às costas e lidará com gente que tem metade da sua idade. Já não falta muito para ter pilotos no pelotão da Formula 1 que não eram nascidos quando começou a correr, em 2007.
Este é, de certeza, o último grande desafio que Hamilton enfrentará. Será o piloto mais bem pago do pelotão, mas ele não está pelo dinheiro. Está lá pelo desafio, o mais difícil de todos. Se conseguir, escreverá uma página de ouro do qual gerações futuras falarão dela. Se não... ao menos, tentou.
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