Hoje e domingo, 18 de maio. No mesmo domingo, mas de 1980, enquanto Ian Curtis, o vocalista dos Joy Division, se matava, em Manchester, e no estado americano do Oregon, o vulcão St. Helens explodia, matando 89 pessoas e causando uma coluna de fumo com mais de 30 quilómetros de altura, acontecia a 38ª edição do GP do Mónaco.
Uma corrida vencida por Carlos Reutemann, da Williams, depois de Alan Jones, seu companheiro de equipa, ter desistido e os Ligier de Didier Pironi e Jacques Laffite, que poderiam ter conseguido um bom resultado de conjunto, especialmente da parte de Pironi, não conseguiram porque o francês perdeu o controlo na Viragem do Casino. Mas Laffite salvou o dia, conseguindo o segundo lugar, com o lugar mais baixo do pódio ter ficado nas mãos do Brabham de Nelson Piquet.
E foi também foi aí onde Jochen Mass (4º) e Emerson Fittipaldi (6º) pontuaram pela última vez nas suas carreiras. Mass, pela Arrows, Fittipaldi, pela sua própria equipa. Será, aliás, a última vex na Formula 1, que um piloto pontuava pelas suas próprias cores.
Mas esse GP do Mónaco também ficou marcado pelo acidente da primeira curva da corrida, em Ste. Devote, onde os carros da Tyrrell ganharam de repente poderes aéreos... especialmente o irlandês Derek Daly, que ganhou nos dias seguintes a alcunha de "Daly Air Lines". Na carambola que se seguiu, Daly eliminou também o seu companheiro de equipa, Jean-Pierre Jarier, o McLaren de Alain Prost e o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli.
Contudo, Ken Tyrrell não puxou as orelhas do seu piloto. Ele afirmou que a imagem de Daly no ar garantiu mais publicidade qual qualquer falatório para se apresentarem aos patrocinadores. Afinal de contas, se falar o nome, pode conseguir uma coisa, mas se disse que é o patrão de uma equipa que tem entre os seus pilotos um tipo que andou a voar - literalmente! - no ar, então o cartão de visita é mais... vistoso.
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