sábado, 24 de maio de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 8, Mónaco (Qualificação)


Apesar da crescente oposição m tempos recentes, Mónaco continua a ter o seu fascínio. Como um micro-estado, que não cobra taxas aos milionários de todo o mundo, aproveita o Festival de Cinema de Cannes para atrair alguns atores de Hollywood - e outros - para ter o brilho que tanto procura, mobiliza todo um país para, ao longo de um mês, montar uma pista e trazer os melhores pilotos do mundo? E não é só uma corrida. Durante um mês, há corridas de clássicos, e depois da Formula E - este ano, foi uma jornada dupla - e por fim, a Formula 1. É algo que não vemos em lado algum.

Mas mesmo com todo o fascínio, a Formula 1 já reconheceu que ali, tinha de fazer algo. Como não irão deitar fora estes carros mastodônticos, foram para uma alternativa: duas paragens obrigatórias. Será que irá funcionar? Não creio que ninguém saiba, neste momento.

E em 2025 há uma coisa mais interessante: o atual vencedor do GP monegasco é um dos seus cidadãos, que corre pela Ferrari, que este ano tem como piloto um heptacampeão do mundo. Claro, falo de Charles Leclerc e Lewis Hamilton. E claro, Leclerc quer mostrar a tudo e todos que continua a mandar ali. E a Ferrari, que durante esta temporada ainda não mostrou aquilo que é feito - não no sentido em que os tiffosi gostariam - numa temporada competitiva, com McLaren, Mercedes e a Red Bull de Max Verstappen, sabe que aqui é dos poucos lugares onde pode brilhar. 

Havia algumas ameaças de chuva neste sábado, mas os céus estavam mais para a de verão mediterrânico que outra coisa. E ao longo de sexta-feira, Leclerc aproveitou a ocasião, nos treinos livres, para mostrar que quer repetir 2024. 

A qualificação começou à hora marcada, com os pilotos a marcarem os seus tempos nas ruas apertadas do Principado, e ali, tos usaram os moles, exceto os Alpines, que calçaram os médios. Os primeiros dos da frente a marcar tempo foi Oscar Piastri, que meteu 1.12,439. Norris apareceu depois, e foi quatro décimos mais lento. Leclerc teve a sua primeira tentativa e fez 1.12,091 e foi para topo da tabela, mas logo a seguir, Max Westappen melhorou o seu tempo em 191 centésimos, para depois Noris melhorar, com, 1.11,596.

A parte final tinha os pilotos a tentarem marcar um tempo que os afastasse da eliminação, como Leclerc, que marcou 1.11,229 e ficou com a liderança, mas perto do cromómetro chegar ao zero, Kimi Antonelli perdeu o controle do carro na chicane e bateu. Sessão interrompida, e praticamente terminou por ali. Os prejudicados acabaram por ser o Sauber de Gabriel Bortoleto, o Haas de Oliver Bearman, os Alpine de Franco Colapinto e Pierre Gasly, e o Aston Martin de Lance Stroll.  

Kimi Antonelli passou também para a Q2, mas sem carro, a sua qualificação ficou por ali. 


Pouco depois, começou a Q2 e começou com... um desastre. George Russell ficou parado no túnel, cinco minutos depois do inicio da sessão, sem poder ter marcado um tempo. Sessão interrompida, o carro foi para as boxes onde os mecânicos, em contrarrelógio, tentaram colocar o carro a funcionar, mas sem sucesso. Os Mercedes, juntos, mas muito mais fundo da grelha que o habitual. E logo no Mónaco, o lugar mais difícil de passar... e com paragens obrigatórias. 

Retirado o carro, os pilotos marcaram os seus tempos. Leclerc colocava moles novos no seu carro e marcava 1.10,581. Pouco depois, Norris melhorou em 11 centésimos, enquanto Max, que era sexto quando começou a volta, melhorou o tempo suficiente para passar à Q3 com... o terceiro melhor tempo, atrás de McLaren (Norris) e Ferrari (Lrclerc). E no final, dos eliminados, a fazerem companhia aos Mercedes, ficaram o Sauber de Nico Hulkenberg, o Williams de Carlos Sainz Jr e o Red Bull de Yuki Tsunoda.

E chegamos à Q3. 

Ali, a qualificação começou com os McLarens a serem os melhores, primeiro com Oscar Piastri, depois Lando Norris, que melhorou o seu tempo em 89 centésimos. Leclerc era o terceiro, seguido por Max Verstappen e Lewis Hamilton. Quem também estava entre os primeiros era o Racing Bulls de Isack Hadjar, mas o seu tempo tinha sido retirado.

E depois, na fase final, foi o ataque: primeiro, Norris marca 1.09,954, depois Piastri conseguiu 1.10,129, parecendo que a McLaren iria ficar a monopolizar a primeira fila, mas Leclerc, na sua tentativa final, marca 1.10,063, e conseguiu o segundo melhor tempo. Pouco depois, Hamilton conseguiu o quarto melhor tempo, não muito longe dos três primeiros. Longe, bem longe, e bem discreto, ficou Max Verstappen, quinto e a mais de sete décimos do "poleman". Na Formula 1, isso é longe. 


Amanhã há mais, num domingo cheio de automobilismo. 

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