domingo, 18 de maio de 2025

WRC 2025 - Rali de Portugal (Final)


Sebastien Ogier acabou como o grande vencedor do rali de Portugal. Aproveitando os problemas de Ott Tanak na tarde de sábado, o francês geriu o ritmo e a distância na manhã de domingo para acabar o rali do lugar mais alto do pódio, e comemorar assim mais uma vitória nas estradas portuguesas, a sétima, alargando o seu recorde. O estónio acabou a 8,7 segundos de Ogier, e ainda ganhou a Power Stage, em Fafe, mas os 4,9 segundos que ganhou foram insuficientes para tirar a liderança ao Toyota do piloto francês. 

Kalle Rovanpera ficou com o lugar mais baixo do pódio, a 12,2 segundos, mostrando que as coisas foram enganadoramente próximas, pois este foi um ali bem duro para máquinas e pilotos. Ele deixou Thierry Neuville um pouco atrás, a 38,5 segundos do vencedor.     

"Acho que é algo de que me posso orgulhar muito, ter-me mantido competitivo durante todos estes anos." começou por afirmar Ogier. "Graças à equipa, o carro estava ótimo para conduzir este fim de semana. Penso que provámos mais uma vez que a gestão de corridas é definitivamente uma arte que temos. Os números são bons de ler, mas o mais importante é o lado emocional, perante esta multidão, pressionam-me muito a cada momento. Foi uma luta dura com o Ott, infelizmente injusta até ao fim com o seu problema. Caso contrário, não teríamos ganho, porque ele estava obviamente mais rápido, mas nem sempre se trata de ser rápido nos ralis, também é preciso esforçar-se, e foi isso que fizemos.", concluiu o piloto francês da Toyota.

Do outro lado, Tanak não deixou de exprimir a sua desilusão:

"Uma grande desilusão, ainda somos demasiado frágeis para competir com os Toyota, mas pelo menos o desempenho do novo chassis é bom.", afirmou.

Com seis especiais neste domingo - passagens duplas por Paredes, Felgueiras e Fafe, com a segunda passagem por esta última especial a ser a Power Stage - o dia começou com os Hyundai ao ataque, mas em Paredes, foi Rovanpera a ganhar, 3,6 segundos na frente de Neuville e 5,3 sobre Tanak. O estónio ganhou na especial seguinte, a primeira passagem por Felgueiras, 3,1 segundos sobre Rovanpera e 4,2 sobre Neuville, e na primeira passagem por Fafe, 2,4 sobre Ogier e três segundos sobre Neuville.

Na segunda parte das especiais do dia, Tanak puxou e ganhou, 3,5 sobre Ogier e 3,7 sobre Rovanpera, e na segunda passagem por Felgueiras, o estónio continuou a puxar, ganhando mais 5,1 sobre Evans e 5,2 sobre Rovanpera.

Por fim, em Fafe, na segunda passagem, Tanak conseguiu triunfar, mas conseguiu ganhar apenas 1,1 segundos sobre Neuville e dois sobe Rovanpera, 4,4 sobre Takamoto e 4,9 sobre Ogier. Serviu o suficiente para mais uma vitória para a Toyota, embora a Hyundai conseguiu responder, embora, como disse depois Tanak, o carro continua a estar frágil para percursos como estes. 

"Foi um fim de semana difícil, a lutar um pouco com o carro. Não acho que seja o melhor momento. Estou muito desiludido com o Ott e com a equipa, merecíamos mais este fim de semana. Estou feliz por voltar agora ao Porto e descansar um pouco, foi um fim de semana muito desgastante.", contou Neuville, em Fafe. 

Depois dos quatro primeiros, Takamoto Katsuta foi o quinto, a 1.41,9 na frente de Elfyn Evans, que teve um rali bem modesto, para quem lidera o campeonato do mundo. Ficou a 2.31,0 do vencedor. Sami Pajari foi o sétimo, a 2.38,3 na frente dos Fords de Josh McErlean, a 5.12,3 e Gregoire Munster, a 5.57,5. O Toyota GR Yaris Rally2 de Oliver Solberg, o melhor dessa categoria, acabou a 9.15,1. 


No campeonato, Elfyn Evans continua na frente com 118 pontos, contra os 88 de Kalle Rovanpera, os 86 de Sebastien Ogier, os 84 de Ott Tanak, o melhor dos Hyundai, e os 78 de Thierry Neuville. O WRC continua dentro de três semanas, entre os dias 5 e 8 de junho, nas estradas da Sardenha. 

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