quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

GP Memória - Estados Unidos 1959

Sebring é uma antiga pista de aviação na Florida, lendária pela sua corrida de 12 Horas, disputada todos os anos no mês de Janeiro. Contudo, por uma vez na vida, já albergou um Grande Prémio dos Estados Unidos de Formula 1, sem ser as 500 Milhas de Indianápolis. E essa corrida foi tudo menos monótona...


Em 1959, o motor traseiro dominava as pistas mundiais, menos na América. Os Cooper, pioneiros nessa tecnologia, tinham dominado essa temporada, graças ao australiano Jack Brabham e um jovem neo-zelandês de 22 anos que surpreendia o pelotão pelo seu talento: Bruce McLaren. Outros dois Coopers, mas da Rob Walker Racing, foram inscritos para o inglês Stirling Moss e o francês Maurice Trintignant.


Para contrariar o poderio dos carros, a Ferrari trouxe quatro carros: três oficiais, para Wolfgang Von Trips, Tony Brooks e Cliff Alison, e um inscrito pela NART, de Luigi Chinetti, para Phil Hill. A Lotus traz a Sebring dois carros, para Alan Stacey e Innes Ireland, enquanto que existem cinco carros para pilotos americanos, incluindo um Kurtis-Offy Midget para Roger Ward, o campeão americano da USAC (que depois virou CART) e das 500 Milhas de Indianápolis.


Contudo, o campeonato daquele ano estava tudo menos decidido: Brabham liderava, com 31 pontos, mas Stirling Moss era segundo, com 25,5 pontos, e Brooks, o terceiro classificado com 25 pontos, tinha chances matemáticas de alcançar o título.

Nos treinos, Moss faz a "pole-position" com o Cooper de Rob Walker, seguido por Jack Brabham, no Cooper oficial, e o americano Harry Schell, noutro Cooper privado. A segunda fila pertence aos Ferrari de Wolfgang von Trips e Tony Brooks, e o Cooper de Maurice Trintignant. Bruce Mclaren era décimo, enquanto a Roger Ward, no seu Kurtis Midget, era 19º... e último!


No dia da corrida, 12 de Dezembro de 1959, Moss parte na frente, mas as suas hipóteses de ganhar o título esfumam-se na terceira volta, com a caixa de velocidades partida. Entretanto, outro dos candidatos, Tony Brooks, tem um toque com o seu companheiro Von Trips e perde tempo nas boxes. Sendo assim, Jack Brabham herda a liderança e tudo indicava que ele iria ganhar a corrida e o campeonato. Contudo, ele tinha feito uma jogada arriscada: tinha partido sem o depósito cheio, julgando que teria mais velocidade de ponta. Contudo, na ultima volta, a poucas centenas de metros da meta, o inevitável aconteceu: fica sem gasolina.


Nessa altura, os Coopers tinham as três primeiras posições: Brabham, McLaren e Trintignant. Contudo, o piloto australiano fica parado a trezentos metros da meta e tem que empurrar o carro para garantir que termina a corrida. Bruce McLaren, a principio, também abranda, mas quando vê que ele tem problemas, acelera para a vitória, com Trintignant logo atrás. Tony Brooks, que tinha feito uma corrida de recuperação, é terceiro.




Contudo, o interesse dos americanos por este Grande Prémio foi pouco: metade dos espectadores que costumavam assistir à corrida das 12 Horas, e as expectativas que o organizador, Albert Ullman, de lucrar com a vinda da Formula 1 cairam por terra. Por isso, a Formula 1 não voltou mais à Florida. Mas a Formula 1 na América vinha para ficar.

1 comentário:

Alexandre Ribeiro disse...

Americano tem a péssima mania de não dar muita bola p/ esportes q não dominam...Pior p/ eles, q deixam de curtir os esportes mais populares do mundo: F-1 E FUTEBOL. Azar o deles, nós que somos espertos nos esbaldamos com ídolos como Fangio, Ascari, Brabham, Clark, Stewart, Fittipaldi, Villeneuve(o Gilles, é claro), Lauda, Piquet, Prost, Mansell, Senna, Schumacher; Pelé, Zico, Maradona, Rossi, Rummenigge, Romário, Zidane e tantos outros. E eles? Talvez gostem do Michael Andretti que foi p/ a F1 e fez tanta lambança que entrou p/ o rol dos piores pilotos de todos os tempos, sorte que não matou ninguém c/ suas inúmeras batidas.
Eles não dão bola p/ a F1? p/ o futebol? E daí, ninguém dá bola p/ eles mesmo! Que fiquem ensimesmados com sua estúpida arrogância e que se "chapem" de tão bêbados p/ conseguir assistir àqueles esportes chatíssimos que só eles, bêbados, conseguem assistir.