sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O piloto do dia - Emerson Fittipaldi (3ª parte)

Encerrada a aventura da Formula 1, Emerson dedica-se à equipa. Contudo, nos dois anos em que é director desportivo da marca, somente conquistam um ponto, no trágico GP da Belgica de 1982 (e à custa da desclassificação de Niki Lauda). No final do ano, com dívidfas de mais de sete milhões de dólares, a Fittipaldi encerra as actividades e voltam ao Brasil.

Nos dois anos seguintes, tirando um teste com a Spirit no inicio de 1984, Fittipaldi organiza provas de Superkart no Brasil. O ânimo melhora e a garra continua intacta, o que faz com que receba um convite para correr umas provas nos Estados Unidos. Aos poucos e poucos, corre a tempo inteiro, dando ainda mais prestígio e um sabor internacional à categoria CART.



Em 1989, Fittipaldi está na Patrick Racing, uma das equipas mais fortes do campeonato, e tem reais chances para ganhar as 500 Milhas de Indianápolis. Partindo do terceiro lugar da grelha, Emerson dominou boa parte da corrida, liderando em 158 das 200 voltas, mas o momento mais marcante foi a duas voltas do fim, quando no duelo com Al Unser Jr., este toca no carro dele à saída da Curva 3, e bate no muro de protecção. Emerson continua até à meta, parta se tornar no primeiro estrangeiro a ganhar as 500 Milhas de Indianápolis desde 1966, quando Graham Hill foi o vencedor. Nesse ano, Emerson foi o primeiro vencedor a arrecadar mais de um milhão de dólares de prémio.



Mas isso não foi um acto isolado. No final do ano, torna-se no primeiro estrangeiro a ganhar o campeonato CART. O seu nome voltou a ser falado no Brasil, aos 42 anos, e tratado de novo como se fosse um herói. A era da Copersucar tinha sido superada.




No ano seguinte vai para a Penske, a equipa mais forte do campeonato, e continua a ser um dos pilotos de topo, apesar de não conquistar mais campeonatos. Mas mais páginas de glória estariam para vir: em 1993, contra um novo concorrente, o inglês Nigel Mansell, o piloto brasileiro ganha pela segunda vez as 500 Milhas de Indianápolis. A cerimónia da vitória é marcante, pois pela primeira vez em muitos anos, Emerson comemora com sumo de laranja, em vez do tradicional leite.


Continuará a correr ao mais alto nível até 1996, quando sofre o seu mais grave acidente da sua carreira, nas 500 Milhas de Michigan. Sofreu feridas graves na vértrebra cervical, que por muito pouco não o colocaram numa cadeira de rodas. Foi aí que com quase 50 anos, decidiu encerrar a sua carreira competitiva.


Nos anos seguintes, cuidou dos seus muitos negócios no Brasil (é dono de fazendas de laranja no Estado de São Paulo, para além de ser representante da Mercedes), e decidiu voltar à competição como director e proprietário de equipa. Em 2003, teve uma curta experiência na CART, onde teve como piloto o português Tiago Monteiro, e desde 2005 cuida da A1 Team Brazil. Para além disso, competiu nas três corridas da GP Masters Series, onde foi segundo na corrida inaugural, no circuito sul-africano de Kyalami.

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