O piloto catalão Joan Garriga, vice-campeão dos 250cc em 1988 e considerado como um os maiores rivais de Sito Pons, morreu esta quinta-feira em Barcelona, três dias depois de ter sofrido um acidente de viação. Tinha 52 anos e teve uma vida atribulada, quer dentro, quer fora das pistas.
Nascido a 29 de março de 1963, em Barcelona, Garriga chegou ao MotoGP em 1984 numa inscrição pessoal no GP da Jugoslávia, a bordo de um Yamaha, onde terminou na 14ª posição. Ao longo dos anos, os seus concorrentes ficaram a conhecer o seu estilo agressivo, especialmente a partir de 1987, quando foi feito a equipa Ducados-Yamaha. O primeiro resultado relevante foi no GP de Portugal desse ano, corrido... em Jerez, onde conseguiu a pole e a volta mais rápida, terminando a corrida no segundo lugar.
A temporada de 1988 foi a melhor dele, quando conseguiu três vitórias em Jerez, Assen e Brno, complementando com mais sete pódios, para terminar a temporada no segundo posto, com dez pontos de diferença sobre o seu compatriota Sito Pons. Ficou nos 250cc em 1989, mas a temporada foi mal sucedida, apenas ficando no oitavo lugar. Subiu aos 500cc em 1990, onde ficou nas quatro temporadas seguintes, mas não conseguiu mais do que um terceiro lugar no GP da Grã-Bretanha de 1992, para além de uma volta mais rápida.
A sua última corrida foi em Barcelona, em 1993, para o GP da Europa, Garriga correu na Cagiva. Por essa altura, já corria no Mundial de Superbike, mas apenas com um segundo lugar numa das corridas na Alemanha, terminando o ano na 12ª posição.
Contudo, a sua vida após o motociclismo andou descarrilada. Em 1998, Garriga foi preso e processado pela justiça espanhola, acusado de posse de droga e posse de arma ilegal. No processo subsequente, foi condenado a dois anos de prisão e descobriram-se nos seus processos médicos que ele tomava drogas frequentemente ao longo da sua carreira de motociclismo.
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