O segundo dia do rali da Alemanha ficou marcado pela vantagem cada vez maior de Sebastien Ogier em relação à concorrência, mostrando que ele está cada vez mais próximo não só de alcançar a sua vitória, como de revalidar o seu título mundial pela terceira vez consecutiva. É que a única concorrência é interna, com Jari-Matti Latvala a ser o segundo e a ter dificuldades em apanhá-lo.
As classificativas deste sábado começaram com Ogier a ganhar mais vantagem a Latvala, começando com 2,3 segundos de vantagem na primeira classificativa do dia, para depois Latvala recuperar algum tempo na primeira passagem por Bosenberg. Atrás, Anders Mikkelsen era o terceiro nas classificativas, consolidando o terceiro posto na geral, enquanto que Dani Sordo e Thierry Neuville lutavam pelo quarto lugar, para saber qual dos Hyundai era o melhor. Umas vezes era o espanhol, outras vezes era o belga, apesar deste afirmar que "cometera alguns excessos".
Chegados à primeira passagem por Arena Panzerplatte, Ogier aplicou-se e conseguiu bater Latvala por 1,6 segundos, alargando um pouco mais a sua vantagem, enquanto que Neuville era o segundo mais veloz, consolidando o quarto lugar da geral e batendo Sordo na sua luta interna. A seguir, na segunda passagem pela mesma classificativa, Ogier foi ainda mais veloz, ganhando tempo e deixando a distância para Latvala em 11,7 segundos.
Após isso, a manhã encerrava-se com a primeira passagem por Panzerplatte Long, com 45,61 quilómetros, onde Ogier conseguiu um avanço de 6,8 segundos sobre Latvala, praticamente sentenciando o rali a seu favor. Latvala lamentou no final que não sente o carro "como no teste. Está demasiado duro". E já começava a pensar em terminar uma prova em "que a história não tem sido positiva" para o finlandês. Meeke e Mikkelsen fozeram o terceiro e quarto tempo da especial, respectivamente.
Pela tarde, contudo, o finlandês reagiu e conseguiu diminuir a vantagem em 1,7 segundos na segunda passagem por Grafschaft, e repetiu-o na terceira passagem por Arena Panzerplatte, mas apenas conseguiu... 0,2 segundos. E como só recuperou isso tudo, quando encararam a segunda passagem por Panzerplatte Long, os 45,61 quilómetros mostraram que Ogier estava alerta: vitória na especial e uma vantagem de 15,3 segundos sobre Latvala.
"Foi um troço muito bom. Encontrei uma boa afinação e os pneus aguentaram-se. Mesmo no final estavam bons. Diverti-me", afirmou o líder do campeonato. Surpreso pelo resultado negativo estava Latvala. "Senti que tinha andado bem. Mas por vezes isso não acontece. Estou desapontado. Não compreendo", lamentou o piloto finlandês.
No final do dia, na segunda passagem por Bosenberg, Ogier conseguiu mais 1,5 segundos sobre Latvala, enquanto que Kris Meeke foi o terceiro melhor, na frente de Thierry Neuville.
Feitas as contas, Sebastien Ogier tem agora uma vantagem de 33,8 segundos sobre Jari-Matti Latvala, enquanto que Anders Mikkelsen já tem uma desvantagem de um minuto e 47 segundos. "Foi um dia perfeito para nós. Estou muito feliz. Fizemos a diferença em Panzerplatte. Foi a chave. Tínhamos a afinação certa e gerimos bem os pneus. Senti-me mesmo bem. Agora faltam quatro troços", afirmou Ogier.
Dani Sordo é o quarto, mas não pode estar sossegado nessa posição, pois tem Thierry Neuville bem perto, a 9,5 segundos. Elfyn Evans é o sexto, mais aliviado depois de Ott Tanak, seu companheiro de equipa na Ford, ter tido uma saída de estrada que o fez perder mais de um minuto, caindo para o oitavo posto. Isso beneficiou Mads Ostberg, que subiu ao sétimo lugar e ameaça o piloto galês, dado que está a 3,2 segundos, mas com um atraso de dois minutos e 56 segundos face aos lideres.
Depois de Tanak, estão o neozelandês Haydon Paddon, no terceiro Hyundai oficial, e o Citroen do francês Sebastien Lefebvre, que se estreia aos comando de um WRC.
O rali da Alemanha termina amanhã.
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