Sebastian Ogier, como seria de esperar, tornou-se campeão do mundo do WRC em 2018. Contudo, as circunstancias da sua vitória na Austrália foram mais de sobrevivência do mais fortte do que a bater a concorrência. No último dia do Rali da Austrália, as desistências de Thierry Neuvulle, com uma roda arrancada no seu Hyundai, e de Ott Tanak, também devido a um acidente, fizeram com que o francês apenas cortasse a meta, independentemente da posição, desde que pontuasse.
"A época foi muito intensa e na verdade aconteceu entre duas especiais, recebemos a mensagem numa secção de ligação. São sentimentos mistos neste momento mas seguramente estou muito orgulhoso do que alcançámos, são os melhores. Tivemos uma jornada incrível juntos e agora desfrutei da última vez e do último esforço neste carro e espero que não sintamos saudades dele”, disse Ogier no final do rali, ele que vai em 2019 correr pela Citroen.
No final, o vencedor foi Jari-Matti Latvala, 32,5 segundos adiante de Hayden Paddon, com Mads Ostberg a ficar com o lugar mais baixo do pódio de um rali onde os vencedores foram todos os que chegaram ao fim, de uma certa forma.
Seis especiais esperavam os pilotos neste último dia do Rali australiano, e os Toyota queriam vencer para obter o Mundial de Construtores. Na primeira passagem por Coramba, Latvala foi o melhor, mas Tanak mantinha-se na liderança, controlando o andamento.
Paddon venceu depois na 20ª especial, mas Tanak perdeu 18,3 segundos por causa de problemas na sua caixa de velo cidades e perdeu o comando para Latvala. "Eu estava preso em marcha atrás por um tempo, o que posso dizer? O plano é ficar à frente de Paddon, com certeza não vai ser fácil", disse Tanak no final da especial. Agora, ele tinha de controlar Hayden Paddon, que queria ir atrás dos Toyota e tentar vencer o rali.
Em Wedding Bells18, a 21ª especial, Esapekka Lappi foi o melhor, com Neuville atrás, mas os outros Toyota ficavam na frente de Paddon e com isso respiravam um pouco melhor.
A parte da tarde é que aconteceram os momentos decisivos. Na segunda passagem por Coramba, Neuville teve o seu acidente e Ogier recebeu a noticia do seu campeonato. Não mudava nada as coisas em termos de classificação - o belga era oitavo, duas posições atrás de Ogier - mas esta situaçao colocava uma pedra definitiva sobre este assunto.
Mas havia mais: na 23ª e penultima especial, vencida por Latvala, Tanak também desistiu devido a uma saída de estrada. Paddon era agora segundo, mas já não era possivel apanhar Latvala para ver se vencia este rali. "Foi incrível, tão exigente, lugares tão desagradáveis, tem que ser muito, muito paciente. Ouvi dizer que Ott parou, sinto muito por ele. As condições muito complicadas", disse Latvala no final da especial, mas também era sinónimo de tudo o que estava a ser aquele rali.
Na Power Stage, Ogier foi o melhor, batendo Lappi por 0,1 segundos, mas o essencial estava feito: ele era o campeão do mundo.
Depois do pódio, Esapekka Lappi foi o quarto, a um minuto e dois segundos, na frente de Sebastien Ogier. Elfyn Evans era o sexto, a três minutos e cinco segundos, na frente de Craig Breen, no segundo Citroen. O chileno Alberto Heller, num Ford Fiesta R5, o local Steve Gleeney, num Skoda Fabia R5 e o grego Jourdan Serderides, num Foird Fiesta WRC, fecharam o "top ten".
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