segunda-feira, 4 de novembro de 2024

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A cada quatro anos, a eleição presidencial americana é a mais seguida do mundo. Dois partidos, o Democrata e o Republicano, escolhe o seu candidato e a campanha acontece ao longo do ano para na primeira terça-feira de novembro, mais de 300 milhões de eleitores cumpram o seu dever, para escolher, não o seu presidente, mas... os delegados para um Colégio Eleitoral de 538 votos, onde ali, quem tiver uma maioria de 270, será eleito presidente. E a ansiedade de oito mil milhões de pessoas está nos píncaros, porque o destino do mundo está dependente... desta democracia. A cada quatro anos. 

Isto é um pequeno resumo de algo mais complicado. Para muitos, é o destino do mundo que está nas mãos deles. Esta eleição termina nesta terça-feira, mas se calhar... a contagem de votos poderá não acabar na quarta-feira, até poderá arrastar para o resto da semana, aumentando o nervosismo dos americanos... e do mundo.

Mas então, o que a Formula 1 tem a ver com isto? Como tudo na vida, todos são tocados por ela, direta ou indiretamente. Um exemplo? Kamala Harris, a atual vice-presidente e a candidata do Partido Democrata, anunciou que gosta de ver Formula 1 quando pode.   

Numa entrevista feita no inicio de outubro ao programa de Howard Stern, na rádio Sirius XM, a candidata do Partido Democrata admitiu que adora Formula 1: "é fantástica - nós adoramos, toda a família adora". 

Questionada se o seu entusiasmo pela Fórmula 1 era uma "coisa de campanha", ela respondeu: "Oh, Deus não! Mais recentemente, não tenho podido assistir porque estou em campanha. Além disso, depende também onde são as corridas, o momento do dia”. Com ela a referir que Lewis Hamilton é o seu piloto favorito, ela mostrou-se estar dentro da atual situação do marcado de pilotos, e ainda deu um conselho ao radialista: "Ele vai deixar a Mercedes. Deveria ver [a Formula 1], pode ficar viciado, é fantástico".

Não é a primeira vez que presidentes e ex-presidentes aparecem nos circuitos. No infame GP de Dallas de 1984, marcado pelo enorme calor que se fez sentir naquele fim de semana, para além do asfalto destruído à volta do circuito de Fair Park, há a história de, no dia da corrida, Stirling Moss se apresentou a um dos espectadores VIP, o ex-presidente Jimmy Carter, ao que ele mesmo ficou surpreso por não saber quem ele era, como era admirador das suas façanhas como piloto!

Este ano já tivemos Donald Trump em Miami, nas boxes da McLaren, a convite de Zak Brown, onde foi cumprimentado pelos pilotos da equipa, numa movimentação que dividiu opiniões, como costuma acontecer no caso dele. 

Fazendo parte da Liberty Media, uma companhia americana, com três Grandes Prémios no calendário, o único país que tem tantas corridas, e com todo o "hype" por causa do "reality show" da Netflix "Drive to Survive", seria inevitável que a Formula 1 seria um assunto que até candidatos presidenciais fariam a sua aparição. Foi assim em 2024, e se calhar no futuro, aparecerão mais ocasiões onde da Formula 1 entrará no discurso de quaisquer candidatos, não importa o partido. É apenas um oportnidade para aparecer... ou são os gostos das pessoas. Até os politicos as têm.

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