De quando em quando, há quem fale sobre a ideia de ver a Lotus de novo numa grande competição, um pouco a passar o espírito de Colin Chapman, seu fundador. A Geely aparenta não estar grandemente interessado nessa ideia, embora as marcas que detêm tem suficientemente autonomia para fazerem o que quiserem em termos competitivos. Contudo, quem conhece a história da equipa de Hethel, sabe que a única competição que vale a pena é a Formula 1, apesar de passagens pela IndyCar, por exemplo, e por Le Mans - embora sobre esta última, Chapman sempre detestou competir por lá, ou os seus pilotos.
Contudo, por estes dias, o Joe Saward, no seu notebook/newsletter, contou que ter a Lotus na Formula 1 seria viável se o investimento fosse grande e sério. E também contou que a Geely tem uma participação de 17 por cento na Aston Martin, e poderia ser um nome melhor que a que lá está atualmente. E quase por coincidência - juro! - algumas horas depois de ler a newsletter, contaram-me que fizeram uma proposta para a Cadillac para que ficassem com... Lance Stroll como seu piloto. A sério?
E mais ainda: esta quinta-feira, em Mugello, Guanyou Zhou esteve a testar num Ferrari, aparentemente, nas obrigações de piloto de testes e de reserva da Scuderia. Pode ser um pouco de tudo - fala-se dele para ser piloto da Cadillac em 2026 - mas a ideia da Geely se mexer para escolher um "ponta de lança" no seu grupo e usá-la para se apresentar ao mundo, seria bem interessante. Quer seja para comprar um lugar ou montar uma estrutura para se candidatar à 12ª equipa no pelotão. E claro, não se pode descartar a ideia de tentar competir na Endurance e na Formula E, como está a fazer a McLaren.
Claro, é tudo muito especulativo. Mas a Team Lotus é uma equipa que tem prestigio, e melhor, carros para vender. Onde quer que aparecesse, seria uma marca para seguir, e a ideia de "win on sunday, sell on monday" (vença no domingo, venda na segunda), é muito tentador. A Formula E seria ótimo - e mais fácil de lá chegar - porque tem carros elétricos no seu portfólio. O resto seria uma questão de reunir recursos humanos e financeiros. Mas claro, a Formula 1 seria bem mais prestigiante.
Os tempos que correm são ótimos para o automobilismo de pista. Ter um carro elétrico, um Hypercar, ou um Formula 1, será excelente, agora que as coisas estão mais controladas em termos de orçamentos. Considero que a classe Hypercar está... hipervalorizada, mas é bem tentador. Resta saber que tipo de planos eles tem: consolidar as vendas um pouco por todo o mundo ou atacar, no espírito de "lightness, then add speed"?
Isto é tudo especulativo, mas quando se começa a ouvir coisas aqui e ali...
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