sexta-feira, 9 de maio de 2025

O regresso da Team Lotus?


Team Lotus. A divisão competitiva da Lotus Cars, fundada em 1954, e que de 1958 a 1994, esteve na Formula 1. Sete campeonatos do mundo de Pilotos, outros tantos de Construtores. Lugar onde correram gente como Innes Ireland, Jim Clark, Graham Hill, Jochen Rindt, Emerson Fittipaldi, Mário Andretti, Ronnie Peterson, Elio de Angelis, Nigel Mansell, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Derek Warwick, Alex Zanardi, Johnny Herbert e Pedro Lamy, entre outros.

Apesar de ter desaparecido no final da temporada de 1994, existiu uma reativação entre 2010 e 2012, com sede em Enstone e com pilotos como Kimi Raikkonen, Nick Heidfeld e Bruno Senna, entre outros. Hoje em dia, o nome está nas mãos da Lotus Cars, que por sua vez, fax parte do Grupo Geely, que tem a Volvo, por exemplo. Nos últimos tempos, a Lotus está a reforçar os seus modelos e a colocar as suas ações na NASDAQ nova-iorquina, em algo lento, mas sólido. 

De quando em quando, há quem fale sobre a ideia de ver a Lotus de novo numa grande competição, um pouco a passar o espírito de Colin Chapman, seu fundador. A Geely aparenta não estar grandemente interessado nessa ideia, embora as marcas que detêm tem suficientemente autonomia para fazerem o que quiserem em termos competitivos. Contudo, quem conhece a história da equipa de Hethel, sabe que a única competição que vale a pena é a Formula 1, apesar de passagens pela IndyCar, por exemplo, e por Le Mans - embora sobre esta última, Chapman sempre detestou competir por lá, ou os seus pilotos. 

Contudo, por estes dias, o Joe Saward, no seu notebook/newsletter, contou que ter a Lotus na Formula 1 seria viável se o investimento fosse grande e sério. E também contou que a Geely tem uma participação de 17 por cento na Aston Martin, e poderia ser um nome melhor que a que lá está atualmente. E quase por coincidência - juro! - algumas horas depois de ler a newsletter, contaram-me que fizeram uma proposta para a Cadillac para que ficassem com... Lance Stroll como seu piloto. A sério?

E mais ainda: esta quinta-feira, em Mugello, Guanyou Zhou esteve a testar num Ferrari, aparentemente, nas obrigações de piloto de testes e de reserva da Scuderia. Pode ser um pouco de tudo - fala-se dele para ser piloto da Cadillac em 2026 - mas a ideia da Geely se mexer para escolher um "ponta de lança" no seu grupo e usá-la para se apresentar ao mundo, seria bem interessante. Quer seja para comprar um lugar ou montar uma estrutura para se candidatar à 12ª equipa no pelotão. E claro, não se pode descartar a ideia de tentar competir na Endurance e na Formula E, como está a fazer a McLaren.

Claro, é tudo muito especulativo. Mas a Team Lotus é uma equipa que tem prestigio, e melhor, carros para vender. Onde quer que aparecesse, seria uma marca para seguir, e a ideia de "win on sunday, sell on monday" (vença no domingo, venda na segunda), é muito tentador. A Formula E seria ótimo - e mais fácil de lá chegar - porque tem carros elétricos no seu portfólio. O resto seria uma questão de reunir recursos humanos e financeiros. Mas claro, a Formula 1 seria bem mais prestigiante. 

Os tempos que correm são ótimos para o automobilismo de pista. Ter um carro elétrico, um Hypercar, ou um Formula 1, será excelente, agora que as coisas estão mais controladas em termos de orçamentos. Considero que a classe Hypercar está... hipervalorizada, mas é bem tentador. Resta saber que tipo de planos eles tem: consolidar as vendas um pouco por todo o mundo ou atacar, no espírito de "lightness, then add speed"?

Isto é tudo especulativo, mas quando se começa a ouvir coisas aqui e ali...     

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