sábado, 18 de agosto de 2007

Bolides Memoráveis - Lotus 76 (1974)

Nem todos os carros desenhados por Colin Chapman foram um sucesso na pista. Ele também teve os seus fracassos, e hoje falo de um deles: o Lotus 76. Desenhado em 1974, a ideia era o de substituir o mítico Lotus 72, já com quatro anos de vida. Tinha soluções originais, mas estes não resultaram, fazendo com que os seus pilotos de então, o sueco Ronnie Peterson e o belga Jacky Ickx, implorassem pelo regresso do moderlo anterior, o 72E, que ganhou mais um ano de vida na mão destes dois pilotos.


Mas vamos à história: em finais de 1973, Colin Chapman e Ralph Bellamy decidem que já era altura de reformar o Lotus 72, que lhes tinha dado dois títulos mundiais de pilotos e dois de construtores. Sendo assim, é desenhado o Lotus 76, seu sucessor natural. Era um carro original: tinha um chassis leve, uma asa dupla traseira, no sentido de proporcionar maior estabilidade na traseira, tinha também uma embraiagem electrónica acionada na alavanca da caixa de velocidades, um predecessor dos actuais comandos semi-automáticos. Por causa disso, o carro tinha quatro pedais, pois esse quarto pedal servia como forma para colocar a primeira mudança no momento do arranque...


Para além disso, o desenvolvimento do carro tinha sido pago pela John Player Special, o seu patrocinador, saí que muitas vezes esse carro era chamado de "John Player Special Mk1". Mas independentemente do nome, os problemas começaram desde o inicio: primeiro era a embraiagem electrónica, que tinha muitas falhas. Depois era o mau uso das asas duplas, que foram logo abandonadas, e a má distribuição de pesos entre a frente e a traseira. Tudo isso complicou um carro já de si mal nascido.


Contudo, Chapman estreou o Lotus 76 em Kyalami, na Africa do Sul. Ficaram mal qualificados e não terminaram a corrida. Nas duas provas seguintes, nenhum dos carros terminou qualquer corrida, apesar de uma boa qualificação em Espanha por parte do piloto sueco. Peterson e Ickx imploraram pelo regresso ao modelo anterior, o 72E, e os resultados foram imediatos: Peterson ganhou no Mónaco e em França.


O modelo 76 voltou em acção na etapa de Nurburgring do Mundial daquele ano, já modificado para uma forma mais convencional: Peterson foi quarto, na única corrida que o carro terminpu nos pontos, já que Ickx, o quinto, usou o modelo 72E. Na Austria e em Itália, Ickx usou o modelo 76 versão B, com pontões maiores, no sentido de melhor arrefecimento, mas não terminou nenhuma corrida. O carro será usado uma última vez em Watkins Glen pelas mãos de Tim Schenken. O piloto australiano é desclassificado e no final da época, Colin Chapman decide dar mais um ano de vida ao modelo 72E, mais fiável, mas já a começar a ficar desactualizado.


Resultado final:


Corridas: 5
Vitórias: 0
Poles: 0
Voltas mais Rápidas: 0
Pontos: 3 (Peterson)

3 comentários:

Anónimo disse...

Bela idéia lembrar este carro, mais uma creação visionária do Colin Chapman, mas infelizmente na época um "flop".

Visto que hoje os carros tem câmbio e embreagem eletrônicos e a asa traseira dupla virou cotidîana, mais uma vez Chapman estava decadas na frente dos outros construtores comn suas idéias.

Acrescentando masi um detalhe: A Lotus 76 tinha quatro pedais! Um menor de embreagem que seria um "estepe" caso haja falha na embreagem eletrônica, e dois pedias de frio além do acelerador.

A idéia d Chapman era que os pilotos poderia alternar entre frear com o pé esquerdo e continuar no acelerador em curvas onde fosse viável ou freiar com o pé direito qunado não havia aceleração.

Mais uma idéia que, de forma mais eficiente, se encontra há dez anos ns carros de F1, hoje quase só s freia com o pé esquerdo.

Na época Peterson e Ickx se atrapalharam tanto com tanto pedais que o sistma foi removido após alguns GPs.

Anónimo disse...

P.S. Os erros gramaticais bizarros. Anotação: Não postar comentários ainda de ressaca... =D

jocasipe disse...

Bem lembrado! O Colin Chapman era o MAIOR! Ok, o Ken Tyrrel andava lá perto....