quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A hipótese GP de Macau

A cidade-estado de Macau, antiga possessão portuguesa até 1999, altura em que foi entregue à China, é o paraíso do jogo e dos casinos. Aliás, chamam-na de "Las Vegas asiática". E tem alguma razão, pois é o unico sítio no continente onde se pode jogar, e onde se pode construir casinos, pois a China Continental proíbe o jogo, enquanto que Hong Kong e Taiwan, entre outros, proíbe os casinos.

E os asiaticos adoram apostar... há uns meses, conheci um senhor que vive lá e me diz que Macau tem 350 mil habitantes, mas entram todos os dias outros 300 mil, muitos deles só para gastar dinheiro no Casino. É real!

E claro, a administração está rica, muito rica, com as receitas do jogo. Vive-se bem por lá.

Mas outra das coisas do qual Macau é famosa tem a ver com o Grande Prémio de Macau, de Formula 3, e mais recentemente, tornou-se na última prova do calendário do WTCC. Ela existe desde 1954, é o mais antigo da Ásia, e é uma referência incontornável. Esta semana, soube-se que o governo encomendou um plano para remodelar o circuito da Guia de alto a baixo, no nsentido de poder albergar o GP de Macau... de Formula 1!

Só que há um problema. E não é o dinheiro. O jornal "Hoje Macau" publicou a noticia de que organizar uma prova destas implicaria obras que custariam à volta de 200 milhões de patacas (cerca de 20 milhões de euros), e que não haveria problemas de tesouraria para fazer isso.

O documento foi entregue a Fernando Chui Sai On, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, e concluiu que é quase impossivel viabilizar um sonho que tem alimentado o imaginário de gerações macaenses. "O dinheiro não seria a questão, até porque duzentos milhões de patacas ou pouco mais bastariam para conceber um traçado que pudesse satisfazer as exigências da empresa que gere a Fórmula 1. Os problemas suscitados por uma eventual candidatura são de outra natureza e prendem-se em muito com as características da cidade e com uma componente muito importante: o património. Com Macau na lista do Património Mundial seria complicado mexer no que quer que fosse", explicou fonte da Comissão do Grande Prémio de Macau ao jornal de lingua portuguesa.

A conclusão que se chega é simples: usando o traçado do Circuito da Guia vão dá. A não ser que construam um novo traçado, aproveitando as novas terras conquistadas ao delta do Rio das Pérolas, pode-se pensar em tal coisa. Mas depois, certos locais emblemáticos como a Curva do Hotel Lisboa não seriam aproveitadas...

2 comentários:

Fábio Andrade disse...

Acho que a questão passa por um outro ponto, Speeder: estamos perto de atingir o limite de 20 corridas por temporada e alguns dirigentes já disseram que, logisticamente, fica impossível trabalhar com mais provas durante o ano. E em 2009 vamos, se não me engano, romper a marca das 19 corridas numa mesma temporada com o GP dos Emirados.

PS: fiz uma citação ao Continental lá no "De Olho". Dê uma passada lá!

Abraço!

Anónimo disse...

Independentemente se poderá ou não exceder o número de 20 provas no campeonato da f-1, correr em Macau seria interessantíssimo e incrivelmente fantástico, quer pela paisagem, quer pelo clima e seria um grande evento à comunidade "portuguesa"??, seja ela radicada em Portugal ou Brasil.