No dia em que Patrick Depailler faria 72 anos, passam-se precisamente 40 sobre a chegada de um dos carros mais marcantes da história da Formula 1: o Tyrrell P34, de seis rodas. Um projeto de Derek Gardner, que começou a ser desenhado no final de 1974, para substituir o modelo 007, foi o modelo ideal para que o piloto francês o pudesse desenvolver ao longo de 1975, enquanto que o resto do mundo pensava nele, entre o incrédulo e o espantado, pois poucos pensavam que tal projeto fosse real... incluindo o próprio Ken Tyrrell.
Quando foi apresentado, em novembro de 1975, as pessoas ficavam espantadas por ver esse carro, porque a ideia de ver um carro com quatro rodas à frente, de dez polegadas - feitas especialmente pela Goodyear - era inauduto. Mas a ideia era simples: ter aderência das rodas da frente, para evitar subviragens em curva, e quatro rosas da frente, com maior superficie de aderência, era uma solução que tinha de ser explorada.
E resultou: dez pódios em 1976, embora só tenham tudo uma vitória em Anderstorp, e com dobradinha com Jody Scheckter como vencedor, tal como em 1974. Depailler conseguiu cinco segundos lugares, mas nenhuma vitória. Contudo, no final do ano, Scheckter foi para o projeto da Wolf, dizendo que o P34 era "um pedaço de sucata". É verdade que estava condenado, pois a Goodyear deixou de produzir pneus especificos para aquele modelo em meados de 1977, e o francês só conseguiu três pódios, contra um de Ronnie Peterson, que disse para ele mesmo quando guiou pela primeira vez: "nunca vencerei com esta máquina".
E resultou: dez pódios em 1976, embora só tenham tudo uma vitória em Anderstorp, e com dobradinha com Jody Scheckter como vencedor, tal como em 1974. Depailler conseguiu cinco segundos lugares, mas nenhuma vitória. Contudo, no final do ano, Scheckter foi para o projeto da Wolf, dizendo que o P34 era "um pedaço de sucata". É verdade que estava condenado, pois a Goodyear deixou de produzir pneus especificos para aquele modelo em meados de 1977, e o francês só conseguiu três pódios, contra um de Ronnie Peterson, que disse para ele mesmo quando guiou pela primeira vez: "nunca vencerei com esta máquina".
No fim, Depailler deve ser o único que amou o carro, um dos mais radicais da história do automobilismo. E num dia destes, ambos devem ser homenageados.
1 comentário:
Belíssima homenagem e belissimo post Paulo!
Viva a ousadia!
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