sábado, 25 de agosto de 2018

Formula 1 2018 - Ronda 13, Bélgica (Qualificação)

Depois de um mês de férias - todos sabem que alguns praticamente não sobrevivem a todo este tempo parado - o pelotão da Formula 1 andou ativo nos bastidores. O pai de Lance Stroll comprou a Force India e mudou de nome para Racing Point, Fernando Alonso decidiu que iria correr noutros lados, venceu as Seis Horas de Silverstone, para logo depois ser desclassificado, e Daniel Ricciardo decidiu ir para a Renault em vez de ficar na Red Bull, provavelmente atraído pelos milhões que a marca do losango atirou para ele no sentido de ser o primeiro piloto. Curiosamente, Carlos Sainz Jr. não vai ficar com o seu lugar, pois este vai para Pierre Gasly, vindo da Toro Rosso...

Mas o filho de Carlos Sainz não fica desempregado: vai ficar com o lugar de Alonso na McLaren. Resta saber se a McLaren em 2019 será um bom lugar... 

Entretanto, o pelotão soube que na Mercedes, Valtteri Bottas teve de trocar de motor e caixa de velocidades, fazendo com que ficasse com um lugar cativo no fundo da grelha. Não iria haver uma primeira fila cheia da Flechas de Prata, dando mais chances à Ferrari e quem sabe, à Red Bull, que teria o circuito todo pintado de laranja, porque a Holanda é já ao lado e todos querem apoiar Max Verstappen...

O sábado tinha à espera tempo nublado, com possibilidades de chuva, mas isso não acontecia quando começou a qualificação. Isso não impediu que todos fossem para a pista o mais rapidamente possivel, marcando tempo antes que chovesse, mesmo não sabendo quando é que chegasse e molhasse a pista.

Os Ferrari apressaram-se a ficar na frente da tabela de tempos, deixando Lewis Hamilton a quase um segundo. Atrás, os Renault estavam com dificuldade em ter aderência, e entre os McLaren e os Williams, que deram o seu melhor, mas não passaram para a Q2, Carlos Sainz Jr juntou-se a eles de modo inesperado. Mas independente do resultado de Sainz, o que se pode ver é que duas das equipas mais tradicionais da Formula 1, McLaren e Williams, estavam no fundo da grelha...

A Q2 tinha já as nuvens a ameaçar na pista, mas todos andavam de pneus secos e batiam recordes. Como Kimi Raikkonen, que conseguiu bater o famoso recorde do Porsche 919 Hybrid - sem estar nos regulamentos da WEC, mas isso é um pormenor... - e Vettel melhorou, fazendo 1.41,5. Mas por esta altura, os céus já escureciam e a chuva vinha a caminho.

No final da Q2, Os Toro Rosso, os Sauber e o Renault de Nico Hulkenberg - que não marcou qualquer tempo - acabaram por ficar de fora. Do outro lado, para além dos Mercedes, Ferrari, Red Bull, Haas e a Force India - ou o que se chamam agora - passaram para a Q3.

E foi nesse momento que começou a chover.

Chegados à Q3, o pessoal andava de pneus secos, tentando driblar o piso molhado. Os pilotos tentaram com pneus secos, mas Valtteri Bottas tem um despiste a alta velocidade em Staevlot, o suficiente para que todos mudassem de pneus para os intermédios.

Os carros voaram para trocar de pneus, para ver se conseguiam segurar o carro na pista, principalmente nas partes onde a chuva fazia mais estrago, como acontece sempre na altura em que chove.

Mas se normalmente a chuva costuma baralhar as coisas, no final, Hamilton não deu chances, esmagando Vettel, com um surpeendente Esteban Ocon a ser terceiro na grelha na chuva, na frente de Sergio Perez, de Romain Grosjean e de Kimi Raikkonen. Os Red Bull, discretos, foram apenas sétimo e oitavo.

"Esse foi um dos treinos de qualificação mais difíceis que eu consigo me lembrar. Nenhum de nós chegou a guiar na chuva neste fim de semana, então nem consigo expressar o difícil que foi isso", afirmou Hamilton na entrevista após o fim da sessão.

Óbviamente, os fãs de Hamilton ficam cada vez mais convencidos que o seu piloto está a caminho do pentacampeonato, especialmente depois da pole numero 76. Contudo, amanhã é dia de corrida e muitas coisas ainda poderão acontecer. Especialmente com o lendário tempo instável naquela zona da Bélgica...

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