quinta-feira, 10 de junho de 2021

GP Memoria - Canadá 2001


Duas semanas depois de terem corrido nas ruas do Mónaco, máquinas e pilotos tinham atravessado o Atlântico para correr e terras canadianas, mais concretamente no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, oitava prova do campeonato. Com Michael Schumacher vencedor em Monte Carlo, à custa de David Coulthard, que ficara quase meia corrida atrás de Enrique Bernoldi, parecia que o alemão era um dos favoritos à vitória, pois ele tinha vencido por ali por quatro vezes na sua carreira até então.

Havia uma alteração forçada na lista de inscritos quando Heinz-Harald Frentzen teve um acidente nos treinos de sexta-feira, e apesar de escapar ileso, ficou com problemas de visão e fortes dores que cabeça que o obrigaram a não participar na corrida, sendo substituído por Ricardo Zonta.

No final da qualificação, os irmãos Schumacher monopolizavam a primeira fila da grelha, com Michael Schumacher e a sua Ferrari a ser melhor que Ralf Schumacher, no seu Williams-BMW. David Coulthard, no seu McLaren-Mercedes, e Jarno Trulli, no Jordan-Mugen Honda, estavam na segunda fila, seguidos pelo segundo Ferrari de Rubens Barrichello e pelo BAR-Honda de Olivier Panis. A quarta fila era monopolizada por finlandeses, com Kimi Raikkonen, no seu Sauber, na frente de Mika Hakkinen, no segundo McLaren-Mercedes. E a fechar o "top ten" estavam o segundo BAR-Honda de Jacques Villeneuve e o segundo Williams-BMW de Juan Pablo Montoya.

Apesar de partir da última fila da grelha, os tempos de Fernando Alonso foram apagados porque a Minardi estava a correr com uma asa ilegal à luz dos regulamentos.


A corrida começou com Michael Schumacher a disparar na frente, seguido pelo seu irmão. Atrás, o Benetton de Giancarlo Fisichella, o Sauber de Nick Heidfeld e o Jaguar de Eddie Irvine retiravam-se cedo da corrida, vitimas de incidentes separados.

Com os Schumachers na frente, Barrichello tentava não os perder de vista. Tinha passado David Coulthard na sexta volta, mas um pouco mais adiante, desligara o controlo de tração porque com ele ligado, tinha problemas na alimentação do motor. E foi por causa disso que se fizera um pião, caindo para o final do pelotão. 

Na frente, Schumacher perseguia... Schumacher, com Ralf a não largar Michael, com os seus pneus a funcionar melhor no seu carro do que no Ferrari e a torcer para que ele cometesse um erro. Mas foi com Rubens Barrichello e Juan Pablo Montoya que aconteceu a primeira entrada do Safety Car quando o colombiano perdeu o controlo do seu carro na cura 4 e bateu no muro, com o brasileiro, que seguia atrás dele, teve de se desviar e também saiu de pista. As coisas ficaram assim até à volta 23.

No regresso, Michael continuou na frente, tentando se afastar de Ralf, e conseguiu nas primeiras voltas, mas no final da 28ª passagem pela meta, o piloto da Williams estava na traseira do da Ferrari. A partir da volta 35, começaram as tentativas de ultrapassagem de um contra o outro, mas apenas na volta 46, quando Michael foi às boxes fazer o seu reabastecimento, Ralf aumentou o ritmo para ver se ficava na frente dele. Quando aconteceu, na volta 51, regressou à pista com um avanço de 6,4 segundos. Pouco depois, na volta 54, o motor Mercedes de David Coulthard cedeu e ele abandonou a prova.         


No final, Ralf Schumacher aumentou a sua vantagem e conseguiu superar o seu irmão, cortando a meta no primeiro lugar e conseguindo a primeira dobradinha entre irmãos na história da Formula 1. A completar esse pódio ficou Mika Hakkinen, no seu McLaren-Mercedes, enquanto nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Sauber de Kimi Raikkonen, o Prost de Jean Alesi e o Jaguar de Pedro de la Rosa. Agora, Schumacher tinha uma vantagem de 18 pontos e parecia estar mais tranquilo na luta pelo quarto campeonato.

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