domingo, 8 de julho de 2012

GP Memória - França 1962

Cinco anos depois da última vez em que a Formula 1 ali esteve, esta regressava ao circuito de Rouen para mais uma edição do GP de França. Com dezassete carros inscritos para a corrida, a grande novidade era a ausência de Ferrari, que tinha ficado retida em Itália à conta de uma agitação social que atravessava o país por esses dias. Com greves nas fábricas e nas formas de transporte, a equipa nem sequer saiu de Maranello.

Em contraste, a Porsche regressava à ação, depois de terem estado ausentes da última corrida devido a uma greve em Estugarda. Assim sendo, Jo Bonnier e Dan Gurney estavam de volta à ação. Nas outras equipas, a Lotus contava com Jim Clark e Trevor Taylor, a BRM com Graham Hill e Richie Ginther, a Cooper com Bruce McLaren e Tony Maggs, a Lola com John Surtees e Roy Salvadori e o resto eram os privados: os Lotus de Masten Gregory e Innes Ireland (UDT-Laystall), o de Maurice Trintignant (Rob Walker Racing), Jo Siffert (Anglo-Suisse) e Jack Brabham, o Cooper de Jackie Lewis (Ecurie Galloise) e o Porsche de Carel Godin de Beaufort (Ecurie Maasbergen).

Após as duas sessões de treinos, o melhor foi Jim Clark, no seu Lotus, com o BRM de Graham Hill e o Cooper de Bruce McLaren logo a seguir. Jack Brabham foi o quarto, seguido pelo Lola de John Surtees e o Porsche de Dan Gurney. Masten Gregory foi o sétimo, seguido pelo seu companheiro Innes Ireland, e a fechar o "top ten" estavam o segundo Porsche de Jo Bonnier e o segundo BRM de Richie Ginther.

Na partida, Hill largou melhor do que Clark, com o escocês a cair para o terceiro lugar, devido ao melhor arranque de Surtees, que era segundo. McLaren era o quarto, na frente de Brabham. As coisas andaram assim até à décima volta, quando o neozelandês da Cooper tem problemas com a caixa de velocidades que tranca e o faz despistar-se. Ele continua até às boxes, onde procedem a longas reparações, antes de ele entrar de novo na pista. Pouco depois, Brabham desiste, vítima de uma quebra na suspensão.

Na volta 13, Surtees tem problemas com a injeção da gasolina e também terá de parar nas boxes para fazer as devidas reparações. Com isto, Clark é segundo e Gurney é terceiro. Gregory era o quarto, mas pouco depois tem problemas de ignição e acaba por desistir, fazendo com que o lugar seja ocupado por Maggs.

Não há grandes mudanças até à volta 30, quando Hill encontra com o Cooper de Jackie Lewis. Este  tem problemas com os travões e despista-se, levando Hill com ele. O britânico da BRM atrasa-se e o comando cai nas mãos de Clark, mas... por pouco tempo. Quatro voltas depois, este tem um problema na suspensão e acaba por se retirar, fazendo com que Hill volte à primeira posição, com Gurney atrás dele. As coisa mantem-se assim até à volta 44, altura em que Hill tem um problema de motor e acaba por desistir, dando o comando a Gurney.

No final, o americano levou calmamente o carro até à meta, dando à Porsche a sua primeira - e unica - vitória na Formula 1. Tony Maggs foi o segundo, conseguindo o primeiro pódio de sempre de um piloto sul-africano, enquanto que Richie Ginther foi o terceiro, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Cooper de Bruce McLaren, o Lola de John Surtees e o Porsche laranja de Carel Godin de Beaufort. 

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