segunda-feira, 19 de julho de 2021

GP Memória - Grã-Bretanha 2001


Duas semanas depois de terem corrido em Magny-Cours, a Formula 1 atravessava o canal da Mancha e ia para o centro da Grã-Bretanha para o seu Grande Prémio. Com os Ferrari a dominar, especialmente o de Michael Schumacher, não havia muito do qual a concorrência poderia fazer, porque agora que faltavam seis proas para o final do campeonato, o alemão tinha um avanço de 31 pontos sobre a concorrência e muitos já pensavam onde é que ele faria a festa, se em paragens americanas, ou ainda na Europa, porque parecia que o avanço era inexorável.  

E o final da qualificação parecia mostrar mais do mesmo, com Schumcher a levar a melhor sobre os McLaren de Mika Hakkinen e David Coulthard, enquanto Jarno Trulli era quarto no seu Jordan, na frente de Heinz-Harald Frentzen. Rubens Barrichello era o sexto, na frente do Sauber-Petronas de Kimi Raikkonen, o sétimo. Juan Pablo Montoya era o oitavo e a fechar o "top ten" estavam o segundo Sauber de Nick Heidfeld e o segundo Williams-BMW de Ralf Schumacher

No fundo da tabela, o Minardi de Tarso Marques marcava um tempo fora dos 107 por cento e não iria participar na corrida.


Na partida, Schumacher conseguiu manter a liderança perante os ataques de Hakkinen, enquanto atrás, Coulthard é tocado por trás por Trulli, que por sua vez, também leva um toque do BAR de Olivier Panis. O italiano e o francês abandonam na hora, enquanto Coulthard continua por mais duas voltas até terminar prematuramente a prova. Mais uma corrida sem pontuar por parte do escocês.

Na frente, Schumacher começou a ser assediado por Hakkinen e no inicio da volta 5, cometeu um erro que o fez obrigar a ceder o comando para o finlandês. Este afastou-se e o alemão passou a ser assediado por Montoya, chegando à sua traseira por alturas da volta 10. Cinco voltas depois, o colombiano passou-o na Stowe e era segundo. 

Com ambas as equipas em estratégias diferentes - McLaren com duas paragens, Ferrari apenas numa - Hakkinen conseguiu quase meio minuto de vantagem quando na volta 21 fez a sua paragem para reabastecimento. Manteve-se no comando e em poucas voltas, aumentou-a para dez segundos enquanto os seus rivais... ainda nem tinham parado. Montoya foi às boxes na volta 25, voltando atrás de Barrichello e Ralf Schumacher, tentando apanhá-los e ficar na frente deles. Dez voltas depois, Ralf Schumacher foi reabastecer, mas problemas com a mangueira fizeram-no perder tempo e mais tarde, acabou por abandonar, com o motor rebentado.

Nessa altura, Schumacher e Hakkinen fizeram os seus reabastecimentos e mantiveram as posições, enquanto atrás, Barrichello fazia a sua parte e tentava manter-se na frente de Montoya para ficar com o lugar mais baixo do pódio. No final da volta 47, já Hakkinen tinha um avanço de 24 segundos sobre Schumacher, e a caminho de uma das vitórias mais autoritárias da história do finlandês.


E foi o que aconteceu: Hakkinen comemorava a sua primeira vitória do ano, mostrando que ele tinha tudo intacto, pelo menos quando as coisas corriam bem, seguido por um Schumacher que tinha sido batido em toda a linha, mas as suas aspirações ao título se mantinham intactas. Rubens Barrichello ficava com o lugar mais baixo do pódio.   

Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Williams de Juan Pablo Montoya e os Sauber de Kimi Raikkonen e Nick Heidfeld. 

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