domingo, 11 de setembro de 2022

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Há 40 anos, como hoje, a Formula 1 preparava-se para correr em Monza. E naquele ano de 1982, a Ferrari estava numa situação de pesadelo. Tinha perdido Gilles Villeneuve, o seu piloto mais carismático em maio, e um mês antes, em Hockenheim, o seu outro piloto, Didier Pironi, sofrera um acidente de tal modo grave que as suas chances de título tinham desaparecido. E para piorar as coisas, um dos seus substitutos não se sentia bem fisicamente.

Mas nem tudo eram tristezas: naquele dia, no final da qualificação, um carro vermelho estava no topo da tabela de tempos. E era guiado por um piloto improvável, mas que adorava correr para eles.

Na altura, Mário Andretti tinha 42 anos tinha deixado a Formula 1 no final do ano anterior para prosseguir a sua carreira vitoriosa na CART - iria ser campeão em 1984 - mas ainda aproveitou para fazer algumas probas como "super-sub". Fizera em Long Beach pela Williams, substituindo Carlos Reutemann, que se retirara dias antes, e agora, com Didier Pironi acidentado - e todos já adivinhando que de forma definitiva - aceitara o convite de correr as duas últimas probas do ano, ali e em Las Vegas.

Andretti não era fã dos Turbos, apesar de os usar na CART. Mas naquele ano, iria ser a onde do futuro, depois da Renault ter mostrado, Ferrari e Brabham, com o seu motor BMW, decidirem seguir. E a Lotus iria colocar num Renault Turbo nos seus carros a partir de 1983. 

Sem grande experiência no 126C2, lá se sentou e nas duas sessões de treinos, conseguiu um tempo que bateu os Renault e os Brabham-BMW. Aliás, os seis primeiros tinham uma coisa em comum: motores Turbo. O primeiro dos Cosworth apareceu em sétimo, com o Williams de Keke Rosberg

Foi um belo regresso do italo-americano, que 28 anos antes tinha lá ido para ver Alberto Ascari correr, e em 1978, conseguiu o seu título mundial. Mas ele era o primeiro a saber que isto foi apenas temporário. A sua cabeça estava noutro lado, a cortina neste lado já estava fechada. Mas o "encore" até foi bom. 

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