sexta-feira, 3 de junho de 2011

GP Memória - Belgica 1956

Três semanas após o GP do Mónaco, e depois de acontecer as 500 Milhas de Indianápolis, onde só os americanos lá corriam, máquinas e pilotos rumavam ao circuito de Spa-Francochamps, que iria ser o palco do GP da Belgica. Dezasseis pilotos estavam inscritos na corrida, mas o britânico Mike Hawthorn, que corria ali num Maserati 250F, acabou por não alinhar.

Quem também não apareceu na corrida belga foram os BRM e os Gordini oficiais, acabando por ser uma corrida a dois, entre Maserati e Ferrari, com os britânicos da Vanwall num plano mais secundário, com dois carros para Harry Schell e Maurice Trintignant. E ainda havia um connaught-Alta, inscrito pelo italiano Piero Scotti.

Na Ferrari, estavam inscritos o argentino Juan Manuel Fangio, o italiano Eugenio Castelotti, o britânico Peter Collins e os belgas André Pilette e Paul Frére. No lado da Maserati, Stirling Moss, Jean Behra, Cesare Perdisa e o veterano Luigi Villoresi estavam presentes de forma oficial. Outros Maserati 250 privados lá estavam, guiados por pilotos como o francês Louis Rosier, o espanhol Paco Godia e o britânico Horace Gould.

Nos treinos, Fangio foi o melhor, conseguindo um tempo cinco segundos melhor do que o segundo classificado, Stirling Moss. Peter Collins, no outro Ferrari, fechava a primeira fila, na terceira posição. Jean Behra, num Maserati, e Eugenio Castelotti, num Ferrari, eram quarto e quinto, enquanto que na terceira linha ficavam os Vanwall de Harry Schell e Maurice Trintignant, e o Ferrari de Paul Frére, e a fechar o "top ten", os carros de Cesare Perdisa e Louis Rosier.

A corrida começou no tipico tempo das Ardenas, com chuva. Fangio começou mal a corrida, perdendo a liderança a favor de Moss, caindo para o quinto posto no final da primeira volta, passado por Castelotti, Collins e Behra. Contudo, nas cinco voltas seguintes, o asfalto começou a secar e o argentino começou a fazer uma corrida de recuperação, passando os pilotos anteriormente referidos até chegar ao segundo posto, atrás de Moss. Quando lá chegou, atacou a liderança do britânico até o passar no final da quinta volta.

Depois, começou a afastar-se, rumando a algo que começava a delinear-se como uma vitória, pois atrás, na volta dez, o carro de Moss perde uma roda na zona do Eau Rouge. Conseguindo controlá-lo sem bater em nada, correu para as boxes e pediu a Cesare Perdisa para que cedesse o seu carro. Assim fez e tentou efetuar uma corrida de recuperação.

Aproveitando os problemas dos outros, como o que tinha acontecido a Eugenio Castelotti, Moss tentou recuperar o tempo perdido, e parecia que tinha a sorte do seu lado quando de repente, na volta 23, a transmissão do carro de Juan Manuel Fangio falha e acaba por desistir. Peter Collins herda a liderança, com uma batalha atrás dele entre Frére e Behra, com o piloto da Maserati a ter de abandonar quando o seu motor começou a pegar fogo.

Assim, inesperadamente, o piloto britânico de 25 anos estava a caminho de uma vitória que tinha herdado, mas com mérito. E quando cortou a meta, tinha assegurado uma dobradinha à Ferrari, pois o local Paul Frére conseguia o segundo posto. Moss conseguira recuperar até ao terceiro lugar e ainda fizera a volta mais rápida, dando-lhe mais um ponto extra. Os restantes lugares pontuáveis ficaram nas mãos do Vanwall de Harry Schell e do Maserati de Luigi Villoresi.

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