segunda-feira, 2 de julho de 2012

GP Memória - França 1972

A temporada de 1972 era mais curta do que o habitual, e uma das ausências era a pista holandesa de Zandvoort, que devido a razões de segurança, decidiu passar por uma profunda operação de renovação, com uma camada de asfalto nova, escapatórias e barreiras de segurança. Uma operação que iria custar mais de um milhão de dólares, mas só estaria pronta para competição em 1973.

Esse quase um mês entre as duas corridas da Belgica e da França foi aproveitado por algumas equipas para participarem no "GP da Republica Italiana", disputado no autódromo de Vallelunga, nos arredores de Roma. A corrida tinha sido vencida por Emerson Fittipaldi, na frente do Surtees de Andrea de Adamich e do Tecno de Nanni Galli.

Neste tempo, Jackie Stewart conseguira descansar o suficiente para voltar à forma na corrida francesa, a bordo do seu Tyrrell. A equipa decidira alinhar com três carros, oferecendo uma terceira máquina a um telento local, pois era mesmo da zona de Clermond-Ferrand. O seu nome era Patrick Depailler. Na McLaren, com Peter Revson indisponivel nesse fim de semana, devido a compromissos na USAC, ele foi novamente substituido por Brian Redman.

A Ferrari também lidava com ausências, pois Mário Andretti estava ausente para correr nos Estados Unidos e Clay Regazzoni estava lesionado num braço, depois de ter jogado uma partida de futebol. No lugar do piloto suiço, veio o italiano Nanni Galli, da Tecno, enquanto que na equipa italiana, o lugar foi ocupado pelo britânico Derek Bell. Para finalizar, o sul-africano Dave Charlton corria num Lotus 72 da Scuderia Scribante.

Na qualificação, o melhor foi o Matra de Chris Amon, que conseguira ser mais veloz do que o McLaren de Dennis Hulme. Jackie Stewart parecia estar recuperado da úlcera e fez o terceiro melhor tempo, na frente do belga Jacky Ickx. O australiano Tim Schenken era o quinto, no seu Surtees, seguido pelo BRM de Helmut Marko. Francois Cevért era o sétimo, na frente de Emerson Fittipaldi e a fechar o "top ten" estavam o March de Ronnie Peterson e o segundo Surtees de Mike Hailwood.

Na partida, Amon largou melhor do que Hulme, seguido de Stewart, Ickx e Marko. Nas voltas seguintes, Fittipaldi começou a ganhar posições, chegando ao quinto posto depois de passar Schenken, Hailwood e Marko. Na nova volta, depois de passar o austriaco da BRM, Fittipaldi passa por uma zona de berma, onde uma pedra lançada do seu Lotus atinge Marko, causando um buraco na sua viseira e cegando-o no  olho esquerdo. A carreira do austriaco, como piloto, terminava naquele momento.

Na frente, Amon era o lider, com Stewart e Hulme atrás. As coisas ficariam assim até à volta 17, quando o neozelandês sofre um furo e tem de ir ás boxes trocar de pneus. A partir dali, enceta uma recuperação, batendo várias vezes a volta mais rápida e tentando apanhar os pilotos da frente. A mesma coisa iria acontecer a Hulme, que também parou para trocar de pneus e caiu imenso na classificação.

Isso fez com que Stewart ficasse cada vez mais na liderança, com Ickx no segundo posto e Fittipaldi no terceiro. Pouco depois, contudo, Ickx foi também vítima de um furo e perdeu uma volta para os líderes, fazendo com que Fittipaldi chegasse ao segundo posto. Atrás, Amon tinha apanhado Peterson e Cevért, e com o poder do seu motor Matra, passou ambos os pilotos para poder reclamar o terceiro posto.

No final, Stewart vencia pela segunda vez no ano, mas com o seu rival Fittipaldi no segundo lugar, a recuperação tinha sido pouco significativa. Chris Amon era o terceiro, seguido pelo segundo Tyrrell de Francois Cevért, o March de Ronnie Peterson e o Surtees de Mike Hailwood. 

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