No fim de semana de Monza, um dos assuntos do dia têm a ver com a situação da Lotus-Renault. Ontem, a equipa de Enstone anunciou uma parceria de duas temporadas com a firma de imobiliário do Dubai Emaar Properties, que tem entre suas propriedades o Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo. Apesar dos valores não terem sido divulgados, Eric Boullier, o diretor da marca, era um homem feliz com o resultado:
“Nós estamos muito felizes em iniciar esse novo relacionamento com a Emaar Properties, especialmente porque os Emirados Árabes têm sido um local frutífero para nós na pista com Kimi Räikkönen vencendo o GP de Abu Dhabi de 2012. Aquela vitória verdadeiramente confirmou que a Lotus é uma das marcas mais importantes e nós continuamos nossa performance forte nesta temporada”, começou por afirmar.
“Com esta nova parceria, com o desenvolvimento de projetos icônicos como o Burj Khalifa e o Dubai Mall, nós estamos buscando apoio na corrida nos Emirados Árabes outra vez neste ano. Nós também estamos ansiosos para ver como esta parceria vai aumentar o valor da marca Lotus”, completou.
Mohamed Alabbar, o diretor-executivo da Emmar Properties, comentou que a Formula 1 se rege pelos mesmos principios que se guia na companhia. “A Formula 1 une homem, mente e máquina em uma animadora jornada rumo à perfeição. A atenção aos mínimos detalhes, a paixão e o comprometimento, e a determinação de cada participante em romper as barreiras são valores que nós também vemos do lado da Emaar, já que nós mudamos normas aceitáveis para desenvolver projetos mundiais como o Burj Khalifa e o Dubai Mall”, indicou o dirigente.
Esta entrada de dinheiro poderá servir para aliviar a carga de trabalho que a Lotus-Renault passa por estes dias que, como se sabe, acumula prejuizos, e está a fazer com que o seu piloto principal, Kimi Raikkonen pense sobre a sua continuidade na equipa. Como é sabido, ao longo da "silly season" de agosto, o finlandês foi dado como certo quer na Ferrari, quer na Red Bull, quando o seu manager Steve Robertson esteve em Milton Keynes para negociar, sem resultado.
Ainda em Itália, em declarações à imprensa, Raikkonen comentou sobre o assunto: “Eles sabem quais são as razões pelas quais as conversas estão paradas neste momento. Até que essas questões sejam resolvidas, não falaremos sobre o próximo ano. É tão simples quanto isso”, disse.
Quando foi abordado sobre a hipótese de um regresso à Ferrari, o finlandês contornou a questão: “Eu nunca tive nada contra ninguém na Ferrari. Obviamente, houve coisas que poderiam ter sido diferentes, mas não só na Ferrari, como noutras equipas onde estive”, resumiu, antes de terminar o assunto.
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