Quando se fala de Monza, os olhos de 99 em cem "tiffosi" brilham, pois todos sabem que aquela é a casa do automobilismo italiano e uma das catedrais do automobilismo mundial. Ultra-veloz, que em termos da pista, quer em termos do histórico anel de velocidade, somente as três chicanes existentes servem como "pausas para respirar" de um autódromo que foi feito em 1922 para ver as máquinas rolando o mais velozmente possivel...
Situada nos arredores de Milão, Monza é o lugar onde os "tiffosi" vão para celebrar os seus heróis. Aqueles de vermelho com um cavalo como escudo e que vêm do coração da Emiglia-Romana. Contudo, este ano, as coisas não corriam muito bem, pois para além dos Red Bull a ficarem com os lugares da frente, tinham agora a concorrência da Mercedes, que andava a monopolizar as "pole-positions", graças a Lewis Hamilton. Esperava-se que a Ferrari pudesse fazer uma "gracinha" em casa, mas este ano, a montanha estava mais ingreme, apesar de todo o talento de Fernando Alonso.
Na Q1, passaram os do costume, com Vettel à cabeça - ainda mais sendo uma pista veloz e com bom tempo neste fim de semana - e entre os não-qualificados para a segunda fase, para além dos clientes do costume, Caterham e Marussia, também estavam o Sauber de Esteban Gutierrez - que claramente de mostra como o pior piloto deste pelotão - e o Williams de Valtteri Bottas.
Como sempre, a parte mais interessante iria acontecer a partir da Q2, mais concretamente na sua parte final. E assim foi: as grandes surpresas foram a não passagem dos Lotus de Kimi Raikkonen (11º) e Romain Grosjean (13º), com o Mercedes de Lewis Hamilton entre eles, o que fez com que acabasse a sequência de quatro pole-positions seguidas. Em claro contraste, os Toro Rosso de Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, e mais surpreendentemente, o Sauber de Nico Hulkenberg conseguiam um lugar na Q3.
Passando para a Q3, os primeiros tempos viram os Red Bull marcarem os seus tempos, com os Ferrari a fazerem o mesmo, mas Maranello ficou atrás de Milton Keynes. A parte final iria ser bem mais interessante, e assim foi: mesmo com Jean-Eric Vergne a sair de pista na Parabolica, Sebastian Vettel conseguiu ser o melhor, na frente Mark Webber, num monopólio da Red Bull na primeira fila. O mais surpreendente foi o terceiro lugar para... Nico Hulkenberg, no Sauber! O alemão mostrou o seu melhor, conseguindo ficar na frente dos Ferrari de Felipe Massa e Fernando Alonso, quarto e quinto.
Nico Rosberg era sexto, na frente do Toro Rosso de Daniel Ricciardo e os McLaren de Jenson Button e Sergio Perez e Jean-Eric Vergne no décimo posto.
O resultado final desta qualificação tinha os seus lados surpreendentes, como ver que o melhor motor Ferrari era um Sauber, por exemplo, mas com Vettel a conseguir a sua 40ª pole-position da sua carreira (e a 50ª para a Red Bull), parece que as coisas caminham para - salvo qualquer azar - mais uma vitória da equipa de Milton Keyes e mais um passo para um tetracampeonato cada vez mais... inevitável.
E Alonso, no final, estava bravo, pois queixava-se para os engenheiros: "Essa de o deixarem passar é verdadeiramente de estúpidos. Mamma Mia, rapazes!" A razão da queixa era simples: Massa deveria "rebocar" Alonso para conseguir um tempo que o colocasse na primeira fila, mas ele estava longe demais para conseguir fazer issso. Com Luca di Montezemolo a observar tudo, provavelmente todos engolirão em seco e ficarão com as orelhas a arder até Maranello...
Amanhã, dia de corrida, haverá mais de Monza.
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