Como já leram um pouco mais abaixo acerca das declarações que Mark Webber fez sobre os pilotos pagantes, estes são um mal necessário para uma Formula 1 demasiado cara, e do qual algumas equipas tentam engolir estes pilotos para poderem pagar as contas. Mas se por um lado olhamos para Pastor Maldonado e os seus 50 milhões de dólares da PDVSA como o melhor exemplo de dinheiro mal gasto, poderá haver no horizonte outro "Maldonado" à vista, também de uma nação com pouca tradição automobilistica: a Indonésia.
Rio Haryanto, de 23 anos (nasceu a 22 de janeiro de 1993), é um piloto com créditos formados na GP2, e nesta temporada venceu três corridas, sendo neste momento o quarto classificado de um campeonato que está a ser liderado - com folgas - pelo belga Stoffel Vandorne. Contudo, Haryanto tem outra coisa a seu favor: a bolsa. Apoiado finaneiramente pela petrolifera local Petramina, correm rumores de que ele poderá ter uma bolsa que poderá ir até... aos 60 milhões de euros, bem mais do que Maldonado injecta na Lotus. E isso é preocupante, pelo menos nas equipas do meio do pelotão, como a Force India, Sauber ou mesmo a Lotus.
De acordo com o que a Autosport portuguesa fala hoje, através do seu jornalista Luis Vasconcelos, a chance de Haryanto estar na Formula 1 em 2016 é bem grande, desconhecendo-se ainda em que equipa vai ficar. A Petramina quer colocar o seu piloto por lá - seria o primeiro indonésio de sempre - e 60 milhões são pouco mais do que 0,1 por cento das receitas da petrolifera. E ele poderá ser um factor de destabilização para as equipas do meio, como a Sauber e a Force India.
No caso da equipa de Hinwill, eles o desejam como terceiro piloto, para poder aprender o funcionamento por dento da equipa, antes de ser titular em 2017, a troco de 15 milhões de euros. E essa é a sua única chance, pois caso queiram quebrar contrato com os seus titulares - Felipe Nasr e Marcus Ericsson - o risco seria enorme, e Monisha Kalternborn ficou escaldada com as falcatruas que fez em 2014, onde chegou a ter quatro pilotos sob contrato - Giedo van der Garde, Jules Bianchi, Nasr e Ericsson - para ficar com os dois mais bem pagos. E os dois pilotos titulares contribuem com cerca de 40 milhões de euros para a equipa...
Já no caso da Force India, o problema é Sergio Perez, que tem patrocinadores mexicanos. De acordo com a noticia, a equipa quer o manter por lá, apesar das ofertas tentadoras da Lotus, que em breve poderá ser comprada pela Renault. Sabem que já houve negociações e se mantiverem o pilot por muito mais tempo, melhor.
O que sobra? Por incrivel que pareça, a equipa mais lenta do pelotão: a Manor. Apesar de perderem três a quatro segundos por volta, estão a correr com um chassis modificado de 2014 e com um motor Ferrari também com algum tempo. E apesar de estarem em fase de recuperação, tornou-se num sitio bem atraente, quer em termos de pilotos... quer em termos de motores.
Nos últimos dias surgiram rumores de que, caso a Lotus seja comprada pela Renault, o contrato que eles têm com a Mercedes poderá ser rompido já em 2016 e a marca procura outra equipa. Sem chances com a Red Bull e a Toro Rosso - que vão ter motores Ferrari, isso já está quase assegurado - a grande chance é que a equipa de Banburry poderá beneficiar com motores alemães. E com duas vagas para preencher - duvida-se que Will Stevens ou Roberto Merhi fiquem por lá na próxima temporada - serão provavelmente os assentos mais cobiçados deste inverno. Ainda por cima, a marca alemã quer meter Pascal Wehrlein num carro de Formula 1 no próximo ano e qualquer forma da Manor ter os motores quase de graça é bem-vinda.
Em suma, uma Manor com uma dupla Wehrlein-Haryanto, com motor Mercedes pode ser uma fantasia bem realizável...
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