Mika Hakkinen têm uma longa carreira recheada de êxitos. Bicampeão do mundo, Michael Schumacher disse certa vez que foi o adversário que mais temeu em pista ao longo da sua carreira. E como sabem, em 1998 e 1999 conseguiu batê-lo e lutou como pôde em 2000, incluindo aquela fabulosa ultrapassagem em Spa-Francochamps.
Mas nada disso poderia ter acontecido caso Hakkinen não tivesse sobrevivido ao acidente que teve em Adelaide, na Austrália, fez vinte anos esta terça-feira. Se um bombeiro não tivesse feito uma traqueotomia de emergência naquela sexta-feira à tarde, nunca teríamos visto a segunda parte da sua carreira e lamentaríamos o desaparecimento precoce de um talento automobilístico, como lamentamos pilotos como Roger Williamson ou Francois Cevért, por exemplo.
O acidente de Hakkinen foi mesmo forte, e mesmo grave. Causada por um furo lento, no impacto, quebrou não só o seu nariz, como os danos bloquearam as suas vias respiratórias, que o impediam de respirar. E também quase por milagre que o finlandês não quebrou o seu pescoço, pois as forças G foram bem fortes naquele impacto que sofreu contra a barreira de pneus na pista australiana.
No final, a história de Hakkinen foi uma excepção, se quiserem. Conhecemos os casos de pilotos que após um choque, não recuperam totalmente aquilo que eram dantes - como muitos falam de Felipe Massa, por exemplo - mas no caso dele, foi ao contrário: tirando nove pódios, todas as vitórias, poles e voltas mais rápidas foram conseguidas após o acidente em Adelaide.
De uma certa maneira, parece que houve males que vieram por bem. Mas há vinte anos, a sua bela carreira poderia não ter acontecido.
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