sexta-feira, 20 de julho de 2018

GP Memória - Grã-Bretanha 2003

Duas semanas depois de terem corrido em Magny-Cours, a Formula 1 estava em terras britânicas para aquela que iria ser a 11ª prova do ano. Com Michael Schumacher oito pontos na frente de Kimi Raikkonen, ele esperava que esta corrida servisse para alargar um pouco mais essa vantagem para alcançar o sexto título mundial. Mas Kimi Raikkonen não pretendia desistir, apesar das contrariedades, e os Williams-BMW espreitavam uma chance para chegar ao comando, especialmente depois de Ralf Schumacher ter vencido as duas últimas corridas até então. 

No final da qualificação, o melhor foi um Ferrari... mas foi o de Rubens Barrichello. Conseguiu ser mais veloz em 172 centésimos de segundo sobre Jarno Trulli, da Renault, enquanto Kimi Raikkonen foi o terceiro, com Ralf Schumacher a ficar logo a seguir, a 518 centésimos de segundo. Quatro marcas diferentes nos quatro primeiros lugares.

Michael Schumacher era o quinto, na frente de Cristiano da Matta, no seu Toyota, enquanto Juan Pablo Montoya ficava com o sétimo melhor tempo, no segundo Williams, na frente de Fernando Alonso, no segundo Renault. Jacques Villeneuve, no seu BAR-Honda, e Antônio Pizzonia, no Jaguar-Cosworth, fechavam o "top ten".

Jenson Button acabaria por não marcar um tempo e largaria de último na grelha.

Na partida, Barrichello largou mal e caiu para terceiro, superado por Trulli e Raikkonen, com os irmãos Schumacher a seguir, no quarto e quinto postos no final da primeira volta. As coisas ficariam assim até que na sexta volta, David Coulthard viu um pedaço do seu encosto de cabeça a voar quando fazia a curva Copse, obrigando-o a ir às boxes para o substituir e causa a primeira situação de Safety Car.

No regresso da corrida, Barrichello aproximou-se de Raikkonen até o passar na volta onze para ser segundo. Mas na volta seguinte, o insólito aconteceu quando o padre irlandês Neil Horan invadiu a pista com cartazes bizarros sobre a Bíblia. Um comissário de pista decidiu tirá-lo do asfalto antes que algo de grave se pudesse passar, e o Safety Car entrou de novo em cena.

Boa parte do pelotão decidiu ir às boxes para reabastecer, e os Toyota, que decidiram ficar na pista nesse momento, lideravam a corrida quando este retomou a sua marcha. Raikkonen passou Trulli quando saíram das boxes e pouco depois, também passava Coulthard para ser terceiro, indo atrás dos Toyotas. A mesma coisa fazia Barrichello, especialmente depois de ter passado Ralf Schumacher, que tinha atuado como tampão para o tentar fazer perder tempo na sua busca pela liderança.

Barrichello apanhou Panis na volta 27, e duas voltas depois, Da Matta foi às boxes para o seu reabastecimento, deixando Raikkonen no comando. Este ficou por lá até que na volta 35, foi reabastecer pela segunda vez, cedendo o comando ao brasileiro da Ferrari. Barrichello parou na volta 39, na sua vez de reabastecer e cedendo o comando ao finlandês da McLaren, mas quando voltou à pista, estava em cima do finlandês e o pressionou até este cometer um erro e ceder o comando a ele.

A partir dali, Barrichello afastou-se de Raikkonen e da concorrência, até acabar a prova no lugar mais alto do pódio, enquanto atrás, o finlandês foi apanhado pelo Williams de Montoya para ser segundo, com Raikkonen a ficar no lugar mais baixo do pódio. Michael Schumacher foi quarto, na frente de David Coulthard e de Jarno Trulli, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Toyota de Cristiano da Matta e o BAR de Jenson Button.

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