domingo, 27 de janeiro de 2019

A imagem do dia

Daytona é uma classe à parte, e vencer lá, pelo menos na versão americana do automobilismo, é algo importante. Como Sebring e Indianápolis. E os ocupantes do Cadillac numero 10, a comemorar hoje no pódio de Daytona, debaixo de uma inclemente no inverno da Florida, sabendo - ou talvez não - estão a comemorar história. Pelo menos um deles.

Fernando Alonso, Kamui Kobayashi, Regner van der Zande e Jordan Taylor tornaram-se nos vencedores de uma prova que tem uma enorme quantidade de lendas do automobilismo na sua história. Desde Peter Gregg a Hurley Haywood, de Mário Andretti a Pedro Rodriguez, passando por Mark Donohue e Pedro Rodriguez e portugueses como João Barbosa e Filipe Albuquerque, Alonso tornou-se no terceiro piloto, campeão do mundo de Formula 1, a vencer em Daytona, depois de Andertti e Phil Hill.

E Alonso também faz parte de uma elite um pouco maior de pilotos vencedores na Formula 1: Andretti, Gurney, Rodriguez, os belgas Jacky Ickx e Thierry Boutsen, o colombiano Juan Pablo Montoya. E claro, Alonso e Kobayashi tornaram-se respectivamente, no primeiro espenhol e japonês a vencer em Daytona. Van der Zande sucede a Jan Lammers como o segundo holandês a vencer em Daytona. E tirando Taylor, todos são estreantes.

A vitória de Alonso, sobretudo, é uma demonstração de que o seu objetivo de ser um dos mais completos pilotos de automobilismo de sempre está a ir. Depois de Le Mans, Daytona é mais uma etapa de uma carreira que poderá ser a mais completa possivel. Especialmente depois dos testes com o carro de Dakar, previstas para a abril, as 500 Milhas e nova investida em Le Mans. Apesar das circunstâncias especiais e do final antecipado, todos têm hoje olhos em Alonso e a pensar: até onde ele chegará? E se conseguir tudo, o que significará?

E é essa última parte é o que interessa. Daytona, Le Mans, Indianápolis, as dunas do deserto, até a Formula E... falaremos disso dentro de 30, 50, cem anos?

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