domingo, 13 de março de 2022

A Mercedes esconde o jogo ou não está tão competitivo assim?


Parece que a Mercedes não anda muito bem como queriam. Mesmo com a "versão B" do seu W13 na pista, e que deu um furor quando o estrearam, com o passar dos dias e das voltas que davam na pista, esse entusiasmo e furor dissipou-se, e parece que não é a "máquina" que todos temiam. Aparentemente, Red Bull e sobretudo, a Ferrari, parecem estar na linha da frente em termos de favoritismo à vitória neste campeonato, por estarem mais estáveis em termos de performance de corrida, e quando foram instados a darem o seu melhor, responderam bem. 

Ou seja, parece que o favoritismo podem andar entre Max Verstappen e Charles Leclerc (ou Carlos Sainz Jr), com os carros de Brackley a andarem numa terceira fila, a par de, provavelmente, McLaren, que, apesar de ter rodado muito - Lando Norris fez 200 voltas - teve problemas de travões que não os colocaram muito confortáveis. E sem falar do tal "porpoising"...  

De qualquer fora, as declarações de George Russell, o recém-chegado à equipa, refletem um pouco esses problemas. Se calhar, o carro radical destes testes poderá ser uma solução de recurso a algo já detetado, ou então, uma proposta radical para dar "o pulo do lobo". 

É bastante claro ver onde estamos limitados. O carro está a saltar muito e não nos está a colocar na janela certa. Ainda temos de encontrar uma solução, mas isso não significa que não vamos conseguir encontrar uma antes da próxima semana ou mais tarde na época. Acredito que a performance está algures, só temos de a encontrar. Tal como está, a Red Bull parece incrivelmente forte, a Ferrari parece realmente sólida e temos algum trabalho a fazer”, comentou George Russell.

Lewis Hamilton teve um discurso semelhante ao do seu colega de equipa em relação à performance do carro, apesar de terem cumprido os objetivos nestes testes.  

Conseguimos fazer o programa de testes, tivemos uma fiabilidade decente, o que foi positivo. Penso que todos estão a ter dificuldades com os ressaltos da pista e saímos daqui sabendo que ainda temos muito trabalho a fazer. Há uma confiança de que podemos sempre resolver qualquer problema que enfrentemos. Neste momento não somos os mais rápidos. Penso que a Ferrari parece ser a mais rápida, talvez a Red Bull então talvez nós ou a McLaren, não sei. Atualmente, não estamos no topo”.

Contudo, as preocupações da Mercedes não são acolhidos pelo resto do pelotão, que acha tudo um "bluff". Carlos Sainz Jr, por exemplo, minimizou os elogios, afirmando "Típico da Mercedes. Eles promovem os outros e chegam à primeira corrida dominando toda a competição". Em suma, só acreditam na pista, e no fim de semana da corrida. E Helmut Marko alinhou no mesmo diapasão, embora dizendo que o seu carro até tem um bom ritmo e é competitivo. 

"A Mercedes normalmente esconde o seu verdadeiro ritmo durante os testes. Lembro-me no ano passado, quando também estava atrasada nos testes, mas estamos principalmente preocupados com o nosso carro e estamos a sair-nos bem”, comentou.

Caiu o pano sobre os testes, agora é a contagem até ao Grande Prémio. Faltam sete dias. 

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