
"Os pilotos entendem que os valores das Super Licenças não deveriam ser uma fonte de lucro para a FIA", afirma a Associação, liderada pelo piloto de testes espanhol da McLaren, Pedro de la Rosa. O comunicado lembra que "em apenas um ano, e sem qualquer aviso prévio, os preços subiram 200 por cento (o preço base) e 350 por cento (o custo por cada ponto)", o que para os pilotos é "irrazoável e injusto". "Estes aumentos foram feitos sem qualquer consulta prévia aos pilotos, e estes só souberam dos aumentos quando as respectivas equipas receberam as facturas e pelos órgãos de comunicação social em Janeiro de 2008. Os aumentos propostos são injustos, quer na forma como foram introduzidos, quer no impacto que têm nos pilotos enquanto indivíduos", pode-se ler na declaração, concluindo que "a FIA deveria angariar fundos suficientes da exploração dos direitos comerciais".

Contudo, a GPDA já afirmou por mais do que uma vez que não está contra os aumentos por si, mas sim a percentagem do aumento, por ser bastante superior à inflacção. Revela também que está na disposição de encontrar uma solução, ajudando a FIA a angariar os "aparentes 1,7 milhões de euros em falta necessários para gerir a Federação em 2008 e 3 milhões adicionais que serão necessários em 2009, de acordo com os números citados por Mosley em Monza".
Uma coisa é certa, em tempo de crise na economia, tenta-se arranjar dinheiro noutros sítios, mas tentar comprar uma guerra num sitio aparentemente adormecido e desunido, que são os pilotos, pode fazer com que despertealgo maior. Nâo se pode afirmar que haja uma repetição de Kyalami 1982, porque acho que ninguém acredita nisso, mas somente a ameaça de uma greve pode abalar os alicerces de Formula 1 que também sofre com a crise.
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