

Outra equipa que decidira arranjar outro piloto tinha sido a Benetton. Com Johnny Herbert decididamente inferiorizado, a equipa decidiu prescindir os seus serviços e contratou o italiano Emmanuelle Pirro para o resto da época. E em Paul Ricard, a equipa iria estrear o aguardado modelo B189, que se esperava desde o inicio do ano… Na Larrousse, a equipa também decidira substituir um dos seus pilotos por razões de saúde. Yannick Dalmas, que estava nessa altura doente com a Doença do Legionário, saia temporariamente para dar lugar a outro estreante francês, neste caso, o jovem Eric Bernard.
Na Arrows, a substituição do piloto era por outro motivo: Derek Warwick tinha-se lesionado numa prova de karting e não estava devidamente recuperado para esta corrida. Sendo assim, a equipa teve de arranjar um substituto, e virou-se para outro piloto da Formula 3000: o norte-irlandês Martin Donnely.

Após isto, passou-se à qualificação, mas esta ficou menorizada com o anúncio oficial de Alain Prost, logo na sexta-feira, de que iria abandonar a McLaren. “Não correi na McLaren no próximo ano”. Nessa altura, não tinha abordado onde é que correria no ano seguinte, pois havia no ar as hipóteses Ferrari e Williams. Mas nessa altura, o piloto francês não tinha tomado qualquer decisão. “Não tomei ainda nenhuma decisão sobre as várias alternativas que tenho, nem o farei no futuro próximo. Gostaria também de deixar claro que não pus de parte a hipótese de voltar a colaborar com a McLaren no futuro”, afirmara. A partir dali, e até ao anúncio oficial de onde iria correr em 1990, muito se iria especular…
Mas o espectáculo tinha de continuar, e após as qualificações da tarde de Sábado, o melhor tinha sido Alain Prost, que cometera a proeza rara de bater o seu rival Ayrton Senna, ainda por cima no seu Grande Prémio caseiro. Este feito também era a sua 20ª “polé-position” da sua carreira. Na segunda fila ficavam o Ferrari de Nigel Mansell, que tinha a seu lado o Benetton de Alessandro Nannini, que comemorava da melhor forma o seu 30º aniversário natalício e a estreia do novo carro. A terceira fila tinha o Williams de Thierry Boutsen e o segundo Ferrari de Gerhard Berger, e no sétimo posto estava uma surpresa: o Larrousse de Philippe Alliot. Riccardo Patrese estava seguir, e a fechar o “top ten” ficavam o Tyrrell de Johnathan Palmer e o March de Maurício Gugelmin.
Desta vez os quatro azarados (que não conseguiram a pré-qualificação) foram o Dallara de Andrea de Cesaris (que tinha subido ao pódio na corrida anterior!), o Minardi de Luis Perez-Sala, o Rial de Christian Danner e o Coloni de Roberto Moreno.


A meio da corrida, pelo segundo lugar já tinha passado Alessandro Nannini (desistiu com um problema de suspensão na volta 40), Ivan Capelli (o motor explodiu na volta 43) e Thierry Boutsen (a caixa de velocidades avariou-se na volta 50) e agora estava… Jean Alesi! O novato francês rolava nessa posição até ter de ir às boxes para trocar de pneus, e assim o lugar ficava para Riccardo Patrese. Mas vindo de trás, Nigel Mansell já tinha chegado aos pontos, e estava a aproximar-se do italiano da Williams. Perto do fim, conseguiu ultrapassá-lo para ficar com o segundo posto.

Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1989/90, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1989
http://en.wikipedia.org/wiki/1989_French_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr475.html
1 comentário:
Com o abandono prematuro (segunda largada) de Senna (vice-líder no campeonato com 27 pontos), a diferença para Prost (líder do campeonato com 38 pontos) subia para 11 pontos e após cinco provas zerado, Nigel Mansell volta a ponturar com o 2º lugar (6 pontos).
Notas:
- 37ª vitória e 20ª pole de Alain Prost;
- 75ª vitória da McLaren;
- 350º grande prêmio da Brabham e
- 450º grande prêmio do motor Ferrari.
Enviar um comentário