domingo, 9 de setembro de 2012

GP Memória - Itália 1957

Duas semanas depois de terem corrido em Pescara, máquinas e pilotos prepararam-se para disputar o GP de Itália, no Autódromo Nazionale di Monza, a última prova do calendário de 1957. Com o título já entregue a Juan Manuel Fangio, a grande novidade da prova foi o regresso da Ferrari, depois desta ter boicotado a corrida anterior, em Pescara, devido a polémica que Enzo Ferrari mantinha com as autoridades automobilísticas devido aos eventos das Mille Miglia, em maio, que matou Alfonso de Portago, o seu navegador e mais sete pessoas.

No lado da Scuderia, a equipa apareceu em força, com quatro carros, guiados pelos britânicos Peter Collins e Mike Hawthorn, o italiano Luigi Musso e o alemão Wolfgang von Trips. A Vanwall levava três carros, para os britânicos Stirling Moss, Tony Brooks e Stuart Lewis-Evans. No lado da Maserati, havia os carros oficiais, guiados por Juan Manuel Fangio, Jean Behra (que estreava o motor V12 da marca), Harry Schell e Giorgio Scarlatti, com mais dois carros da Scuderia Centro Sud, para Masten Gregory e Jo Bonnier, e as inscrições individuais dos britânicos Bruce Halford e Horace Gould, do italiano Luigi Piotti, do espanhol Paco Godia e do suiço Ottorio Volonterio.

Na qualificação, o melhor foi, de modo surpreendente, o Vanwall de Stuart Lewis-Evans, a primeira da sua carreira, tendo a seu lado os seus compenheiros Stirling Moss e Tony Brooks. Juan Manuel Fangio era o quarto, seguido por Jean Behra e Harry Schell. Peter Collins era o melhor dos Ferrari, no sétimo lugar da grelha, seguido por Wolfgang Von Trips, e a fechar o "top ten" estavam os Ferrari de Luigi Musso e de Mike Hawthorn.

Na partida, os Vanwall ficaram na frente, com Moss no primeiro lugar, embora Behra tenha pulado para o segundo lugar no final da primeira volta, e Fangio se tenha colado ao terceiro Vanwall. Os cinco carros lentamente se descolaram do pelotão e em breve começou uma batalha pelo primeiro posto entre Moss e Behra, com constantes mudanças na liderança. Fangio também passou pelo comando, mas só houve mudanças significativas na 20ª volta, quando Brooks teve um prolema com o acelerador e atrasa-se.

Pouco depois, Lewis-Evans tem também um problema mecânico e para nas boxes, voltando pouco depois. A luta acabou por ser um duelo a três entre o Vanwall e os Maserati de Behra e Fangio, mas pouco depois, o francês pára no sentido de colocar um novo jogo de pneus. Schell fica com o terceiro lugar, mas pouco depois, na volta 34, tem uma fuga de óleo e pára nas boxes. A equipa chama Giorgio Scarlatti e este cede o carro para Schell, com o americano a voltar à pista.

Na volta 49, Behra tem um problema de sobreaquecimento e desiste, na mesma altura que Lewis-Evans também termina a sua corrida de vez. Collins sobre para o terceiro lugar, mas na volta 62, o seu motor explode e o lugar fica para o seu companheiro Hawthorn. Na frente, Moss começa a levar a melhor sobre Fangio e parece que iria acontecer mais uma vitória para as cores britânicas.

Contudo, perto do fim, Hawthorn tem um problema e acaba por atrasar-se, fazendo com que o lugar mais baixo do pódio caisse nas mãos do carro de Von Trips. No final, Stirling Moss é o vencedor, conseguindo superar Fangio, que ficou com o segundo lugar, e de Von Trips, que conseguia aqui o seu primeiro pódio da sua carreira. Nos restantes lugares pontuáveis aparecia os Maserati de Masaten Gregory e Harry Schell, no carro inicialmente guiado por Guido Scarlatti, que assim conseguia o seu único ponto da carreira. 

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