Ontem passou 30 anos desde a última vez que a Formula 1 esteve em Jacarépaguá. E para "despedida" da pista, até foi um dos melhores Grandes Prémios que já assisti, confesso. E foi também uma ideia do que iria ser a temporada de 1989. Não tanto na luta pelo título, mas na variedade do pelotão. E também um sinal dos tempos que aí viriam.
Aquele foi a primeira corrida de uma nova era. 40 carros, de dezoito equipas, compunham o pelotão, tanto que tiveram de fazer uma pré-qualificação volumétrica, tão grande quanto a qualificação do Grande Prémio, onde trinta carros entravam para um pelotão onde caberiam 26. E havia novidades, como a primeira corrida do motor V10 da Renault, a bordo dos Williams de Riccardo Patrese e Thierry Boutsen, e que iria marcar uma era.
E também era a primeira corrida de um carro com uma caixa semi-automática. Uma ousadia da Ferrari - eles que nem eram conhecidos nesse campo... - e que tinham no seu cockpit Nigel Mansell, vindo da Williams. Que tinha sido a última contratação do Commendatore, falecido mais de meio ano antes.
Foi uma corrida de surpresas. Apesar de Senna ter sido o poleman, nos primeiros metros, colide com o Ferrari de Gerhard Berger e atrasa-se, com o austríaco da Ferrari a acabar a corrida por ali. Patrese beneficia disso tudo, ao ser o líder, seguido por Prost e Mansell. Todos correrão tão juntos que os seis primeiros acabarão com menos de vinte segundos de diferença. Num tempo onde ainda não havia Safety Car...
E no meio disso tudo, houve milagres. Seis meses antes, Johnny Herbert tinha partido ambas as pernas numa carambola em Brands Hatch, numa corrida de Formula 3000. Quase perdeu-as, mas estava no Rio, a bordo de um carro da Benetton, ajudado a entrar e sair do carro por outros. E acabou na quarta posição. E Derek Warwick perdeu 25 segundos quando um dos pneus demorou a apertar durante a sua paragem nas boxes. Quando chegou à meta, no quinto posto, tinha chegado 17 segundos arás de Mansell. Imaginem o que teria acontecido se não tivesse tido esse problema?
No final, Mansell entrou na história da Scuderia por ser o segundo piloto a vencer com um dos seus carros na sua primeira corrida. O primeiro tinha sido Mário Andretti, no GP da África do Sul de 1971. Dezoito anos depois, era a vez do "brutânico" triunfar. Ele, que estava tão cético que o seu carro iria aguentar que tinha comprado uma passagem mais cedo para o Reino Unido. Afinal...
Foi uma corrida de surpresas. Apesar de Senna ter sido o poleman, nos primeiros metros, colide com o Ferrari de Gerhard Berger e atrasa-se, com o austríaco da Ferrari a acabar a corrida por ali. Patrese beneficia disso tudo, ao ser o líder, seguido por Prost e Mansell. Todos correrão tão juntos que os seis primeiros acabarão com menos de vinte segundos de diferença. Num tempo onde ainda não havia Safety Car...
E no meio disso tudo, houve milagres. Seis meses antes, Johnny Herbert tinha partido ambas as pernas numa carambola em Brands Hatch, numa corrida de Formula 3000. Quase perdeu-as, mas estava no Rio, a bordo de um carro da Benetton, ajudado a entrar e sair do carro por outros. E acabou na quarta posição. E Derek Warwick perdeu 25 segundos quando um dos pneus demorou a apertar durante a sua paragem nas boxes. Quando chegou à meta, no quinto posto, tinha chegado 17 segundos arás de Mansell. Imaginem o que teria acontecido se não tivesse tido esse problema?
No final, Mansell entrou na história da Scuderia por ser o segundo piloto a vencer com um dos seus carros na sua primeira corrida. O primeiro tinha sido Mário Andretti, no GP da África do Sul de 1971. Dezoito anos depois, era a vez do "brutânico" triunfar. Ele, que estava tão cético que o seu carro iria aguentar que tinha comprado uma passagem mais cedo para o Reino Unido. Afinal...
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