O galês Elfyn Evans lidera a Volta à Córsega, após a realização das seis primeiras especiais. O piloto da Ford tem uma vantagem de 4,5 segundos sobre o Toyota de Ott Tanak e 9,8 sobre o Hyundai de Thierry Neuville, num Rali bem disputado, com alguns dos favoritos a caírem nas habituais armadilhas de um rali longo e sinuoso.
Concentrados em Porto-Vecchio, o rali partiu cedo para a primeira classificativa do dia, a primeira passagem por Bavella, onde Elfyn Evans foi mais veloz que Thierry Neuville por 2,9 segundos, mas atrás, alguns dos favoritos tinham problemas. Sébastien Löeb perdeu quase dois minutos por causa de um toque com o seu Hyundai, causando danos na sua suspensão traseira: “Escorreguei numa curva e toquei num lancil. A suspensão quebrou!”, disse.
Kris Meeke perdeu menos tempo - 51 segundos - por causa de um furo no pneu dianteiro esquerdo. “Não sei como aconteceu. Eu estava apenas seguindo as notas e acertei em algo numa curva, não vi nada.”, comentou no final da especial. Já Sebastien Ogier perdeu meros 12 segundos à conta de um pião, e por causa disso, o terceiro na geral era Dani Sordo, a 3.1 segundos do líder.
Na PEC 2, a primeira passagem por Valinco, Meeke tentava recuperar o tempo perdido, vencendo a especial com uma vantagem de 1,4 segundos sobre Tanak e 2,9 sobre Dani Sordo. O segundo posto do estónio foi mais que suficiente para ficar com a liderança, pois Neuville perdeu 4,1 segundos e Evans 5,2. Jari-Matti Latvala era apenas décimo na especial, perdendo 17,1 segundos, e no final, queixava-se do andamento. “Eu não entendo. Eu senti-me muito bem, mas o tempo foi mau. Muito, muito estranho. Eu não esperava ser tão lento. Talvez as notas fossem muito cautelosas”, queixou-se o finlandês.
Na terceira especial, a primeira passagem por Alta Rocca, o equilíbrio entre todos era evidente. De Tanak, o vencedor, a Neuville, o quarto classificado, separavam 1,1 segundos, e o beneficiado foi o belga, que subiu para a terceira posição, superando Sordo. O espanhol justificou-se com o estado da estrada. “Não me diverti muito. Tenho uma boa sensação do carro, mas a estrada está muito suja de terra”, comentou.
A PEC 4 era a segunda passagem por Bavella, onde Evans foi o melhor, e foi tão forte na estrada que ficou com a liderança provisória do rali. O galês conseguiu uma vantagem de 2,7 segundos sobre Tanak e 3,6 sobre Meeke, que foi terceiro. Ogier foi quarto, a 4,6 segundos, e com isso passou Esapekka Lappi para ser oitavo na geral. O galês continuou assim na quinta especial, a segunda passagem por Valinco, onde superou Neuville em 2,4 segundos e Tanak em 3,1. Loeb foi quinto, a 6,8 segundos, e entrava nos pontos.
Por fim, na última especial do dia, em Alta Rocca, o belga da Hyundai superava o estónio da Toyota e o britânico da Ford por meros 1,3 segundos. Nas contas finais, era Evans o melhor, mas a competitividade era grande entre os três primeiros, com menos de dez segundos a separá-los.
Depois deles, uma pequena fossa separava-os do quarto classificado, o espanhol Dani Sordo. O piloto da Hyundai tinha um atraso de 26,1 segundos sobre o líder. Teemu Suninen estava logo atrás, a 30,9, e tinha de estar atento à aproximação de Sebastien Ogier, sexto a 36,3. Esapekka Lappi era sétimo, noutro Citroen, a 46,3. Sebastien Loeb é oitavo, a dois minutos e 27,9 segundos, na frente de Eric Camili, o melhor do WRC2, no seu Volkswagen Polo R5, e de Yoann Bonato, a três minutos e 6,4 segundos.
A Volta à Córsega continua amanhã, com mais seis especiais.
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