Debaixo de imensa chuva, o belga Stoffel Vandoorne deu à Maserati a sua primeira vitória na temporada, batendo Oliver Rowland, da Nissan, que controlou a primeira parte da corrida e consolidou o comando do campeonato. Taylor Barnard, da McLaren, foi terceiro, mostrando o seu talento precoce.
Quanto a António Félix da Costa, conseguiu resistir à chuva, contornar os obstáculos e evitar as armadilhas, para consegue um sétimo lugar final para ele e para a Porsche. Pode ter visto ir embora o Nissan de Rowland, que jogava "em casa", mas mais um resultado regular o mantêm entre os primeiros da classificação.
A Nissan, ao chegar ao circuito urbano de Tóquio, tinha recebido um apoio da "casa-mãe", e cumpriu. Mas a chuva fez a sua aparição e cancelou a qualificação, tendo de usar os resultados dos treinos livres. E como eles estavam no topo da tabela de tempos, aproveitaram bem. Felix da Costa, por exemplo, foi 11º, e Vandoorne, o 14º.
A chuva não deixou de cair na hora da partida, onde aí, aceleraram a fundo, com Rowland a ficar com o comando, mas a pista estava bem escorregadia, algo do qual iria ser assim para as 35 voltas seguintes. Eles andaram assim, sem alterações na ordem de largada, até à quinta volta, altura das primeiras ações do Attack Mode, com Sebastien Buemi, António Félix da Costa e Mitch Evans a serem os primeiros. O resto veio logo a seguir, para mais ação dentro da pista, com ultrapassagens no meio da chuva.
Na volta 11, o momento decisivo: Vandoorne vai às boxes para fazer o recarregamento obrigatório e depois regressar à pista. Era o primeiro a fazê-lo, e claro, regressou na pista na última posição. E foi imediatamente antes da bandeira vermelha foi mostrada. A razão não tinha sido por causa da intempérie: o DS Penske de Max Gunther estava parado na pista. Por essa altura, faltavam 20 voltas e Vandoorne tinha tido o seu golpe de génio. Agora era ver se não batia e chegava ao final.
A corrida recomeçou na volta 16, e foi nessa altura que boa parte do pelotão fez o recarregamento até à volta 23 - onde por lá, Rowland mantinha o comando, na frente de Edoardo Mortara e Sebastien Buemi. Contudo, pouco depois, recomeçou a chover e Wandoorne, que tinha 25 segundos de vantagem, despistou-se e bateu no muro, por alturas da volta 29. A sorte é que foi a baixa velocidade e ele pode continuar.
As coisas ficaram assim até ao final, com o belga a não ser incomodado, indo a caminho da sua primeira witória desde o ePix do Mónaco de 2022, mas atrás, era a luta pelo pódio, entre Rowland, Barnard e Buemi. Apesar de andarem juntos, Rowland aguentou a pressão e conseguiu um novo pódio, suficiente para alargar a liderança, porque Félix da Costa foi sétimo, e Pascal Wehrlein foi 13º ficando fora dos pontos.
No final, o belga afirmou: “Estou muito satisfeito com o resultado. A bandeira vermelha beneficiou-me, sim, mas arriscámos parar mais cedo e, depois, controlámos bem o que tínhamos para gerir, que não era pouco”, disse Vandoorne, no final da corrida.
Em termos de campeonato, Rowland tem agora 60 pontos de vantagem sobre António Félix da Costa, no seu Porsche (133 contra 73), com Taylor Barnard agora a ser terceiro, no seu McLaren, com 69 pontos. Pascal Wehrlein é quarto, com 66.
A Formula E prossegue amanhã de manhã nas ruas de Tóquio.
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