
Segundo o site francês Tommorow News, o governo regional achou que os números que Ecclestone pede são demasiado exorbitantes numa era de crise (18 milhões de euros por ano, no total de 30 milhões que a Generalitat gasta para organizar o Grande Prémio). E desses 30 milhões, as receitas directas andam à volta dos dez milhões, já que não atrai muita gente ao circuito... Joe Saward acrescenta hoje no seu blog que existem rumores de que a própria Generalitat anda a falhar nos pagamentos, dando ideia de que, ou tem problemas de tesouraria, ou que começa a ver que isto é uma dor de cabeça maior do que esperavam.
Mas isto pode ser visto como uma manobra politica por parte da oposição local. Em Valencia está no poder o Partido Popular, conservadora, e Francisco Camps, o seu presidente, usou o GP valenciano como trunfo eleitoral para manter-se no poder. Se for a noticia foi colocada dessa maneira, então posso compreender essa coisa usando uma comparação nacional: o circuito da Boavista, no Porto.

Em suma, mais do que uma questão financeira, falamos de uma questão politica e da questão do uso dos dinheiros públicos. E é verdade: grande parte - senão todos os Grandes Prémios - são financiados pelo Estado, e numa era de crise financeira, este tipo de gastos públicos são altamente escrutinados, ainda mais que este fim de semana tivemos a intervenção do FMI na Irlanda para endireitar as desequilibradas contas públicas do ex-"tigre celta"...

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