Com este último fim de semana da temporada com "Sprint Race", claro, a agenda fica mais cheio que o habitual. As coisas começam bem cedo, com a qualificação para ela na sexta-feira, e no sábado, depois de uma corridinha sem história, os 150 metros finais deram um grande rebuliço quando Lando Norris decidiu abdicar da vitória a favor de Oscar Piastri. Há quem diga que foi um retorno de um favor, quem digam que oram ordens de equipa, quem até afirme que Norris fez isto porque não é fã das "sprint races", o facto é que aconteceu, e ninguém, ficou bem na fotografia.
Ainda na ressaca da corrida Sprint, com os McLaren a fazerem dobradinha, e com a noite a se instalar há bastante tempo, a pista estava pronta para o espetáculo principal.
A Q1 foi algo aborrecida, sem incidentes de maior - com o curioso caso de Sérgio Pérez ser passado por Franco Colapinto... na saída das boxes! - George Russell a querer marcar os melhores tempos, ao ponto de, no minuto final, ter sido ele o melhor, com 1.21,355, na frente de Carlos Sainz Jr. Mas atrás, era a complicação do costume: Colapinto não conseguia, bem como Esteban Ocon, enquanto Charles Leclerc conseguia melhorar o tempo, fazendo 1.21,278. Depois, Russell melhora, com 1.21,241, e entre os que ficavam de fora, Liam Lawson, Alex Albon e Nico Hulkenberg.
Chegados à Q2, a coisa começou calmamente, mas lá mais para o final, gente como Lando Norris começava a marcar tempo para a fase seguinte, e quanto mais para cima, melhor. No minuto final, o britânico era o melhor com 1.20,983, com Leclerc muito perto: 1.21,000. Max era o terceiro. Na última wolta que contawa, Max consegue 1.20,687, e era o melhor.
E os que passaram foram os seguintes: dois McLaren, os dois Mercedes, os dois Ferrari, os dois Red Bull - vá lá, o Checo deu nas vistas! - Kevin Magnussen (cada vez melhor) e Fernando Alonso. Para trás ficaram Lance Stroll, Yuki Tsunoda, Pierre Gasly e os Sauber de Valtteri Bottas e Zhou Guanyu.
E chegamos à Q3.
Ali, os pilotos começaram a preparar-se para os minutos finais, porque sabiam que tudo o que tinha acontecido era um mero aquecimento. Aqui era o momento que contava. Primeiro, foi Sainz Jr. que conseguiu o primeiro tempo relevante: 1.21,042. Depois, Leclerc marcou 1.20,885, esperando por Russell, que vinha com um bom tempo. E conseguiu: 1.20,575. Piastri tentou, mas sem grande sucesso, e a seis minutos do final, Max marcou 1.20,620, sendo segundo, atrás de Russell. Quase parecia uma volta de aquecimento...
Depois da pausa, a fase decisiva. Moles novos, todos foram para a pista tentar fazer melhor, e com o baixar da bandeira, os Ferrari não melhoraram, mesmo com Leclerc a fazer um tempo marginalmente melhor. Norris ainda não tinha marcado um tempo, mas estava na pista, na frente de Max. E no final?
No final, Norris marcou 1.20,772, que não deu mais que terceiro. Max acelerou melhor e conseguiu, por ele mesmo, o tempo necessário para alcançar a pole-position. Inspiração? É bem capaz. Mas ele está mais descontraído e e faz isto pelo prazer de conduzir e pela fome de ganhar. George Russell fica do seu lado, mas se calhar, tem maior capacidade de ganhar a corrida que o neerlandês.
Mas mais importante, era ver quem está atrás, e na luta que interessa: Norris e Piastri colocaram os seus carros na segunda fila, na frente de Leclerc, apenas quinto, e Sainz Jr, dois lugares mais abaixo, com Hamilton pelo meio. Para a Ferrari, não está a ser um grande fim de semana nesta luta particular pelo segundo campeonato em jogo. E temos de saber como corre amanhã se, por exemplo, Leclerc, fizer uma manobra para ficar na frente dos McLaren...
E claro, amanhã há mais. Mas tem McLaren e Ferrari atrás dele. Que também tem fome de vencer.
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