Duas semanas depois da vitória de Jody Scheckter no Mónaco, máquinas e pilotos rumavam ao circuito de Zolder, palco do GP da Belgica, para a sétima corrida da temporada. E aí, a lista de inscritos era enorme, onde 32 carros faziam parte desse final de semana, para os 26 lugares que a organização tinha disponibilizado. Sendo assim, havia muitas novidades: A Surtees tinha dispensado Hans Binder para colocar no seu lugar o australiano Larry Perkins, enquanto que havia entradas de dois pilotos estreantes: o local Bernard De Dryver, num March que tinha sido guiado por Brian Henton, enquanto que um terceiro Hesketh era inscrito, com o patrocinio da Marlboro, para o mexicano Hector Rebaque.
A Fittipaldi e a McLaren tinham novos chassis em Zolder, com o primeiro a ter o F5, enquanto que a segunda voltava com o M26 para James Hunt, enquanto que a privada BS Fabrications artranjava um M23 para o americano Brett Lunger. A March iria estrear também o chassis 771 para o sul-africano Ian Scheckter. E a BRM regressava, com o sueco Conny Andersson ao volante.
O fim de semana competitivo foi marcado pelo frio e pela chuva, com condições que variavam comforme as sessões de qualificação. No final das duas, Mário Andretti tinha sido o melhor, no seu Lotus, seguido pelo Brabham de John Watson. Na segunda fila estava o segundo Lotus, de Gunnar Nilsson, seguido pelo Wolf de Jody Scheckter. Patrick Depailler era o quinto, no seu Tyrrell, seguido pelo McLaren de Jochen Mass. Carlos Reutemann era o sétimo, no seu Ferrari, seguido pelo segundo Tyrrell de seis rodas de Ronnie Peterson. E a fechar o "top ten" estava o McLaren de James Hunt e o Ligier-Matra de Jacques Laffite.
Cinco pilotos não conseguiram alcançar a qualificação: o Hesketh de Rebaque, o BRM de Andersson, os March de Alex Dias Ribeiro e de Bernard de Dryver e o McLaren privado de Emilio de Villota.
Chovia naquela tarde de domingo em Zolder, por alturas do começo da corrida. Quase todos os pilotos decidiram começar a correr com pneus de chuva, excepto Hunt, que decidira arriscar e usar pneus para seco. Quando a largada aconteceu, Watson largpou melhor, mas logo a seguir, houve confusão: Andretti cometeu um erro e bateu na traseira de Watson, fazendo com que ambos ficassem de fora. Nilsson teve de se desviar para evitar ser atingido pelos destroços de ambos os carros e quem aproveitou isso foi Scheckter, que passou a liderar com o seu Wolf. Atrás de si ficaram Nilsson, Mass e Reutemann, enquanto que Hunt estava a pagar o preço da sua escolha, pois estava a perder rapidamente posições.
A partir daqui, o sul-africano começou a controlar as coisas, enquanto que na nona volta, Reutemann passa Mass para ficar com o nono lugar. Contudo, foi sol de pouca dura, pois despistou-se na 11ª passagem pela meta, acabando por desistir. Precisamente nesta altura, a pista começou a secar e os pilotos começaram a entrar para colocar pneus para seco. O primeiro a aperceber dessas condições foi Lauda, que trocou assim que pôde e com isso ficou na liderança, na frente de Mass e do Shadow de Alan Jones. Depois vinham o Surtees de Vittorio Brambilla, o Wolf de Scheckter, o Ligier de Laffite, o Tyrrell de Peterson e o Lotus de Nilsson.
A partir de então, o piloto de Lotus começou a recuperar terreno, passando Peterson, Laffite e Brambilla, chegando ao terceiro posto, que virou segundo lugar quando Scheckter teve de ir às boxes para colocar um novo jogo de pneus. A razão foi que... tinha voltado a chover. Pouco, mas tinha voltado. Nilsson aproveitou a ocasião para se aproximar de Lauda e o contestar na liderança. A batalha durou até à volta 50, quando o sueco da Lotus conseguiu passar o austríaco da Ferrari e começou a afastar-se, rumo à vitória.
E foi isso que aconteceu, no final da 70ª e última volta. Gunnar Nilsson tinha conseguido a sua primeira vitória na Formula 1, seguido pelo Ferrari de Niki Lauda e pelo Tyrrell de Ronnie Peterson, que tinha levado o melhor sobre o Surtees de Vittorio Brambilla. Nos restantes lugares pontuáveis tinham ficado o Shadow de Alan Jones e o Brabham de Hans-Joachim Stuck.
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