segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Noticias: Mário Andretti defende "equipas-cliente" na Formula 1

As noticias desta segunda estão a ser marcadas pelas declarações de Mário Andretti, o italo-americano campeão do mundo de Formula 1 em 1978, que em declarações ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, defendeu a ideia de que a categoria deveria permitir o regresso de chassis-cliente, pois assim poderiam atrair novas equipas à Formula 1.

Já falei com o Bernie Ecclestone sobre isso. Seria também uma forma para as novas equipas serem parte da Formula 1, mesmo sem fábricas próprias”. Andretti, atualmente com 73 anos, revelou de seguida que “o meu filho Michael poderia ser um dos primeiros a comprar um monolugar a um dos principais construtores”. A Andretti Autosport, recorda-se, vai colocar uma equipa na Formula E, a competição elétrica da FIA, a partir de 2014.

A ideia de comprar chassis não é nova: aliás, desde os primórdios do automobilismo que se faz. E na Formula 1, tal coisa acontecia até meados dos anos 80. A última vez que uma equipa desses se inscreveu com outro chassis foi em 1990, quando a Larrousse andou com chassis desenhados pela Lola.

Contudo, a ideia têm os seus detratores. O jornalista britânico Joe Saward afirmou no seu blogue que não acha que seja uma boa ideia e justificou: "Formula 1 têm a ver com excelência, têm a ver com ser dos melhores do mundo, contra os melhores do mundo. Se alguém conseguir comprar o melhor carro do mundo, a competição é desvalorizada - logo, perde o interesse do público. Para ser o melhor, é preciso merecer esse estatuto, e se permitirem às novas equipas terem acesso a chassis e bater equipas que batalharam por décadas para serem ben sucedidas é simplesmente injusto, mesmo que ajude em termos de marketing."

E continua: "IndyCar já seguiu por esse caminho e fracassou. Nos anos 70 e 80, tinham vários chassis: Chaparral, Penske, Longhorn, Wildcat, Coyote, McLaren, Eagle, March e Lola. Em poucos anos de competição "aberta", as coisas acabaram por ficar reduzidas a dois chassis porque as firmas mais pequenas  não conseguiam competir contra as grandes e no final, a categoria acabou por ser uma competição monomarca."

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