E depois da qualificação de sábado, Mário Isola, o homem da Pirelli, avisou ao que poderia acontecer:
"A corrida de amanhã [hoje] também se adivinha emocionante, porque as condições climatéricas são incertas, com a previsão de chuva para a manhã e a possibilidade de cair também a partir das 14 horas, mas se estiver seco, são possíveis várias estratégias. Em primeiro lugar, vale a pena sublinhar que os três compostos podem ter um papel a desempenhar. O macio, que até ofereceu um bom nível de desempenho para além de uma volta de teste, pode, no papel, ser utilizado por aqueles que pretendem fazer uma paragem única e por aqueles que optam por uma paragem dupla." começou por afirmar.
"Os dados do fim de semana fizeram pender a balança ligeiramente para uma estratégia de uma paragem, com a opção mais rápida a ser um conjunto de médios e um de duros. A simulação sugere que a estratégia de duas paragens não está assim tão longe, com todas as combinações possíveis, quer se utilizem dois ou os três compostos. A chuva pode desempenhar um papel importante, mesmo que não caia durante a corrida. De facto, dependendo da sua força, as condições da pista podem voltar às observadas ontem de manhã, antes de os carros começarem a correr. Isso poderia tornar a granulação mais provável e, portanto, a escolha poderia voltar a ser feita com duas paragens. Como se pode ver, há muitas variáveis em jogo, garantindo imprevisibilidade e um grande espetáculo”.
Para Max, o seu grande objetivo naquele domingo era de ganhar. Mas caso consiga, seria algo inédito: a quarta vitória seguida. Com os McLaren atrás dele, seria um desafio, mas era algo do qual estava disposto a correr. Paragens? Uma... se não chover. E isso ainda não estava excluído.
Nas voltas seguintes, Hamilton recuperou o sétimo posto a Hadjar, no final da reta - se calhar, os pneus começaram a funcionar - e na décima volta, Stroll foi o primeiro a ir às boxes, colocando duros. Seis voltas depois, foi a altura de Jack Doohan, também metendo duros. E a partir da volta 20, as trocas principais: primeiro, George Russell, na mesma volta, depois Oscar Piastri, na volta seguinte.
Oliver Bearman e Yuki Tsunoda trocaram na volta 24, numa altura em que o líder era Andrea Kimi Antonelli, no seu Mercedes, com mais de quatro segundos de vantagem sobre o veterano Hamilton. Hadjar trocou de pneus na volta 26, mas depois, acabaram as paragens. O francês começou a recuperar lugares, voltando aos pontos na volta 30, passando o Williams de Carlos Sainz Jr, que ainda não tinha parado.
Hamilton parou na volta 31, trocando para médios, enquanto Antonelli continuava a liderar... com os médios! Ele foi às boxes na volta seguinte, colocando duros, saindo no sexto posto, numa altura em que Norris concentrou-se e começou a apanhar Max. Piastri não estava longe e na volta 34, os três primeiros tinham mais de três segundos de vantagem sobre Leclerc.
Sem retiradas, com todos a manterem a posição que largaram, foi uma corrida sem história. Mas não há muito tempo para reflexão. Afinal de contas, no próximo domingo estarão no Bahrein, para a primeira de duas corridas noturnas na temporada. E espera-se que seja mais emocionante que esta.
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