sexta-feira, 24 de setembro de 2010

GP Memória - Portugal 1995

Duas semanas depois de Monza, a Formula 1 chegava ao Estoril com Michael Schumacher cada vez mais primeiro, apesar das tentativas da Williams em dominuir a distância. Tanto assim que eles tinham trazido uma versão B para ser usado no fim de semana português por Damon Hill e David Coulthard. Ambas as versões foram usadas e os pilotos da equipa foram mais rápidos do que o Benetton do alemão, disputando entre si a pole-position.

E no final das duas sessões de qualificação, o melhor foi David Coulthard, que bateu Damon Hill por 368 centésimos de segundo, relegando Michael Schumacher para o terceiro posto. O piloto alemão tinha a seu lado o Ferrari de Gerhard Berger. Na terceira fila estavam o Sauber-Ford de Heinz-Harald Frentzen e o segundo Benetton de Johnny Herbert, e na quarta estava o Ferrari de Jean Alesi e o Jordan de Rubens Barrichello. A fechar o top-ten estavam o Ligier Mugen-Honda de Martin Brundle e o segundo Jordan-Peugeot de Eddie Irvine.

O piloto local, Pedro Lamy, tinha conseguido o 17º tempo, enquanto que no último lugar estava o lentissimo Jean-Denis Deletraz, no seu Pacific, que conseguira o incrivel tempo de... 1.32,769, 12,2 segundos mais lento que David Coulthard. Pior não poderia ser, em tempos onde as equipas do fundo do pelotão tinham de depender de pilotos pagantes para pagarem as suas contas...

No momento da largada, Coulthard leva a melhor sobre Hill e Schumacher, mas atrás há confusão: o Tyrrell de Ukyo Katayama toca no Minardi de Luca Badoer e voa para os rails, batendo várias vezes e voltando á pista. No acidente leva atrás os Forti de Roberto Moreno e Pedro Diniz, e o Pacific de Andrea Montermini. A corrida é logo interrompida e Katayama é levado para o hospital para verificar a sua condição, que depois se verificou não ser grave, mas que impediu de alinhar na corrida seguinte, em Nurburgring.

Na segunda vez, Coulthard mantêm a liderança, mas Hill é ultrapassado por Schumacher. A ordem mantêm-se inalterada até à primeira paragem, quando a Williams decidiu que Hill iria fazer duas paragens, em vez das três programadas inicialmente, que Coulthard e Schumacher tinham apostado. A aposta resultou, mas mais para o final da corrida, Hill foi apanhado pelo alemão, que tinha os pneus mais frescos e conseguiu passar.

Mais atrás, havia polémica na Ferrari: Jean Todt pedira a Jean Alesi para que cedesse o seu quarto lugar em favor de Gerhard Berger. O francês recusou terminantemente cumprir essa ordem, e Todt decidiu contornar essa recusa ordenando que o seu pit-stop fosse mais lento para que Berger ficasse na frente do francês. E resultou.

Quanto a Coulthard, este, imperturbável, ia a caminho da sua primeira vitória na carreira, mesmo sabendo que muito provavelmente iria correr na próxima temporada por outra equipa que não a Williams. O pódio foi Coulthard, Schumacher e Hill, com o alemão a conseguir mais dois pontos do que o britânico e aumentar a sua vantagem para 17 pontos. Agora, somente uma catástrofe o iria tirar do caminho de um segundo título mundial. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam os Ferrari de Gerhard Berger e Jean Alesi, e o Sauber-Ford de Heinz-Harald Frentzen.

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