A ronda americana da Formula 1 parece que veio para ficar. Apesar de todos os preconceitos anteriores - circuito no meio do Texas, desenhado por Hermann Tilke - após dois anos, já conquistou toda a gente. Austin não é Texas - aliás, um dos ditados mais famosos localmente é "Keep Weird, Austin!" - e desta vez, Hermann Tilke acertou a mão, fazendo um circuito desafiador para os pilotos e atraente para os espectadores.
O Circuito das Américas tornou-se num destino popular, e a prova disso são as bancadas cheias de espectadores para este fim de semana. Não estarão só cheias de americanos, como também de estrangeiros, especialmente mexicanos, que terão este ano dois representantes na categoria máxima do automobilismo para os aplaudir e apoiar, mesmo que nesta altura, saibamos que Perez esteja de saída da McLaren e Esteban Gutierrez esteja em dúvida na Sauber.
Sem possibilidades de chuva -mas com tempo encoberto - a qualificação começa normalmente, com os pilotos a queixarem-se de falta de tração na pista. Estes só conseguiam marcar tempos mais tarde do que o habitual, e os últimos a sair para a pista foram os Red Bull. Webber foi o primeiro e... ficou com o melhor tempo até então: 1.38,493. A seguir, veio Lewis Hamilton respondeu, marcando 1.37,959 e à medida que o tempo acabava, o tempo melhorava com um surpreendente Valtteri Bottas, com 1.37,821. Em contraste, o seu companheiro de equipa Pastor Maldonado não conseguia passar da Q1.
Ao mesmo tempo que o jovem finlandês marcava um tempo, Adrian Sutil saia de pista no final da curva 1 e teve depois problemas de transmissão no seu Force India. Com isso, o alemão de origem uruguaia fazia companhia a Maldonado e aos Caterham e Marussia como os primeiros eliminados nesta qualificação americana.
Passado para o Q2, os pilotos começaram a marcar temos, com Hamilton a ser o melhor, com 1.38,104 segundos. Mas a meio da qualificação, a temperatura da pista baixou e o asfalto estava a melhorar, fazendo com que os tempos baixassem. Romain Grosjean tirou meio segundo, com 1.37,523, antes de Mark Webber tirar mais um pouco, com 1.37,312. A dois minutos do fim, Sebastian Vettel faz 1.37,065 segundos e fica no topo da tabela.
Com o final do segundo sector, houve algumas surpresas. Bottas e Heiki Kovalainen conseguiram passar para a Q3, em contraste com Felipe Massa, que não conseguiu mais do que o 16º tempo, pior do que Nico Rosberg, que foi o 14º e Jenson Button, apenas com o 12º melhor tempo. Como ele vai perder mais três lugares devido ao incidente de ontem, onde passou um carro sob bandeiras vermelhas, as coisas para ele também não andam boas.
E assim passamos para a Q3, onde os dez melhores estavam lá. Mark Webber foi o primeiro a marcar tempo, com 1.36,699 segundos. Vettel não conseguiu marcar melhor tempo, e parecia que iria ser o australiano a fazer a pole, melhorando para 1.36,441. Mas no último momento, Vettel faz a pole, com 1.36,338, fazendo a 44ª pole-position na sua carreira. E a Red Bull esteve numa liga à parte, pois o terceiro classificado, o francês Romain Grosjean, fez apenas 1.37,155 segundos. E o Lotus ficou na frente do Sauber de Nico Hulkenberg - 1.37,226, fabuloso! - e o Mercedes de Lewis Hamilton.
Quanto ao resto da grelha, Fernando Alonso foi apenas o sexto no seu Ferrari, enquanto que Sergio Perez conseguiu um ótimo sétimo posto, na frente do regressado Heiki Kovalainen, o Williams de Valtteri Bottas e o outro Sauber de Esteban Gutierrez.
Com isto, a grelha estava definida para a corrida de amanhã. Parece que poderemos ver mais um passeio dos energéticos, como é apanágio desta temporada, mas toda a gente deseja que em Austin, possamos esperar algo mais interessante do que isso.
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