sábado, 12 de setembro de 2009

GP Memória - Itália 1999

Quinze dias depois de Spa-Francochamps, o campeonato continuava ao rubro. Mika Hakkinen e Eddie Irvine lutavam pela liderança do campeonato, e tinhamos chegado à altura em que qualquer erro iria sair caro a cada um dos protagonistas desta história. Os "tiffosi" presentes em Monza sabiam (e torciam) que a McLaren tivesse um mau dia para que eles próprios pudessem continuar a sonhar com um título que lhes escapava há vinte anos.

Mas havia outros a espreitar, esperando uma oportunidade. A estrela de David Coulthard tinha se fortalecido, após a sua vitória em Spa, enquanto que na Jordan, Heinz-Herald Frentzen era um piloto regular nos pódios, e quando a oportunidade surgia, como tinha acontecido em França, conseguia vencer. Portanto, à entrada para o fim de semana italiano, e com quatro provas para o fim, toda a gente sabia que um erro poderia sentenciar toda uma época.


Em Monza, contrário ao que se costuma esperar, a McLaren dava-se bem com as rectas do circuito italiano. Logo, Mika Hakkinen fez facilmente a pole-position, enquanto que Heinz-Harald Frentzen ficava a seu lado na primeira fila. Na segunda fila estava o segundo McLaren de David Coulthard e o Williams do surpreendente Alex Zanardi, que fazia a sua melhor qualificação do ano (e da sua carreira). Na terceira fila estava o segundo McLaren de Ralf Schumacher e o melhor Ferrari, o de... Mika Salo. Rubens Barrichello, no seu Stewart-Cosworth, sera sétimo, com Eddie Irvine a seu lado. Para fechar o "top ten" estavam o segundo Jordan de Damon Hill e o Prost-Peugeot de Olivier Panis.



A corrida começa com Hakkinen na liderança, enquanto que Zanardi salta para a segunda posição à saída da primeira chicane. Na mesma volta, Coulthard sai de pista e quando volta tem problemas de direcção que o irão atormentar até ao final da sua corrida. Estas confusões todas favoreceram Hakkinen, que começou a abiri uma liderança enorme, que o acumulou ao longo das voltas ao circuito.

O facto de ter todo o pelotão atrás de si faz com que Zanardi se sentisse pressionado para segurar, e essa pressão o fez cometer um erro, ao passar por cima de um limitador, fazendo desiquilibrar o carro e arrastando-se até ficar fora dos pontos. Assim sendo, o segundo lugar fica com Frentzen, que tem atrás de si um longo pelotão, todos juntos mas sem conseguirem ultrapssar uns aos outros.


E na volta 30... o momento do dia. Mika Hakkinen perde o controlo do seu carro quando trava na primeira chicane e cai na gravilha, desistindo. A equipa fica em choque e a multidão delira, sabendo que o seu adversário tinha ficado de fora. Irado com o seu erro, Hakkinen sai do carro, atira as luvas para mais diante se sentar na relva e chorar desalmadamente, julgando ele que tinha desperdiçado uma oportunidade de ouro para avançar decisivamente nesta decisão.


Frentzen herda a liderança, com Ralf Schumacher e Mika Salo atrás dele: Eddie Irvine não consegue subir mais além do sexto posto, apesar de ter à sua frente o McLaren de Coulthard, que não anda bem desde o inicio da corrida. Não houve nada de especial até à banedira de xadrez, onde Eddie Jordan comemorou a sua terceira vitória da sua carreira, e a segunda do ano. Com Ralf Schumacher e Mika Salo a acompanhá-lo no pódio, Rubens Barrichello, no seu Stewart, David Coulthard e Eddie Irvine completavam os pontos.

Após esta corrida, a disputa pelo título tinha sido alargada, com Hakkinen e Irvine igualados na tabela de pilotos, com 60 pontos cada um, com Frentzen em terceiro, com 50, e David Coulthard a espreitar, com 40. A três provas do final do campeonato, todas as hipóteses eram possiveis, e a emoção e imprevisibilidade era a norma.

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